Topo

Marcelo Oliveira acalma "nervosinhos" do Palmeiras, mas mantém defesa forte

Marcelo Oliveira observa a partida entre Palmeiras e São Paulo no Allianz Parque (28/06) - Robson Ventura/Folhapress
Marcelo Oliveira observa a partida entre Palmeiras e São Paulo no Allianz Parque (28/06) Imagem: Robson Ventura/Folhapress

Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

05/07/2015 06h00

O Palmeiras de 2015 é um time que marca forte: na primeira fase do Paulistão, ao lado de São Paulo e Corinthians, teve a melhor defesa. A situação se repete no Brasileirão: os oito gols sofridos colocam o alviverde ao lado do Sport e do rival alvinegro como a defesa menos vazada da competição. Com a chegada de Marcelo Oliveira, entretanto, alguma coisa mudou.

O time palmeirense dificilmente passava uma partida sem tomar cartão amarelo: a média, até a chegada do novo técnico, era de 2,4 por jogo. Nos clássicos, o nervosismo aumentava, e o número saltava para 3,4 cartões por jogo; as vezes, algum jogador perde a cabeça, como aconteceu com Dudu na final do Paulistão.

Ao assumir o clube, Marcelo Oliveira foi surpreendido com o alto número de cartões, e decidiu trabalhar com os jogadores para um time mais disciplinado.

"Time que está preparado e tem confiança, não precisa ter conflito com arbitragem e adversário. Quem está bem postado não precisa fazer tanta falta. Não vamos ser um time de santos, que não faz falta, mas dá para competir de forma legal. Isso, no final do campeonato, pode fazer a diferença", explicou o treinador na última sexta-feira.

Nos três primeiros jogos, pelo menos, a iniciativa deu certo: sob o comando de Marcelo, o alviverde teve cinco cartões em três partidas: no clássico diante do São Paulo, apenas um. A média de 1,66 cartão por jogo ficou abaixo do restante da temporada.

O desafio, entretanto, era melhorar a disciplina do time e manter o nível da defesa, que vinha sem mostrando ao longo do ano um dos pontos fortes da equipe. Por enquanto, o novo comandante está se saindo bem: um gol sofrido contra o Grêmio, nenhum contra São Paulo e Chapecoense.

"Às vezes se analisa o setor pelos zagueiros, que estão muito bem, mas precisamos de uma visão mais ampla. O primeiro zagueiro nosso tem de ser o atacante. Sem a bola todos têm de participar para a bola não chegar com facilidade atrás. Treinamos essa linha de quatro atrás, eles estão muito bem".

Neste domingo, diante da Ponte Preta, na Arena Pantanal, o alviverde pode emendar uma sequência de três vitórias sem sofrer gols - e sem exagerar nos cartões amarelos. Com certeza isso não atrapalharia o objetivo de subir na tabela: o Palmeiras é o nono colocado, com 15 pontos - cinco a menos do que o Grêmio, último colocado no G4.