CBF encerra polêmica e define clássico com torcida única em Flu x Vasco
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encerrou a polêmica envolvendo Fluminense e Vasco e determinou que o clássico entre as duas equipes tenha apenas uma torcida nos dois turnos do Campeonato Brasileiro. O primeiro será disputado no Maracanã, no dia 19, pela 14ª rodada, com mando tricolor.
A decisão acaba com a indefinição sobre o posicionamento das torcidas das equipes no clássico. O Fluminense detém, por contrato, o direito de usar o lado direito das arquibancadas, algo contestado pelo Vasco, que tradicionalmente ocupa o setor.
No Campeonato Carioca, o duelo foi deslocado para o Engenhão após o impasse. A questão já esquentava os bastidores na última semana, com o presidente Eurico Miranda sugerindo aos seus torcedores que não fossem ao Maracanã caso não pudessem ficar no lado direito do estádio.
Mesmo com a possibilidade de usar o setor desejado, a decisão da CBF não agrada inteiramente ao Fluminense. O Tricolor julgava que poderia conseguir melhor receita com a presença dos vascaínos no estádio e até mesmo os convocou a desobedecer o pedido de Eurico Miranda por um boicote.
Em nota, o consórcio que administra o Maracanã criticou a CBF. O comunicado lembra que vascaínos já compraram ingressos para o clássico e chama a decisão de "retrocesso".
"Extrema tristeza porque tal determinação seria um enorme e injustificado retrocesso, além de um claro estímulo ao acirramento dos ânimos. A possibilidade de realizar o vergonhoso primeiro jogo de torcida única, em 65 anos de existência do Maracanã, seria uma ofensa ao espetáculo e à torcida carioca. Seria um incentivo à brutalização do futebol, justamente na cidade onde o convívio das torcidas nos setores mistos é um exemplo para todo o país", lembrou o Consórcio Maracanã.
O Vasco, por sua vez, também emitiu uma nota oficial, assinada pelo presidente Eurico Miranda, e respondeu ao consórcio, que é seu desafeto:
"Retrocesso é celebrar contratos misteriosos que desrespeitam as tradições e ferem os direitos de um clube. Vergonhoso é lucrar muito mais do que quem efetivamente faz o espetáculo. Ofensa não à torcida carioca, mas a toda sociedade carioca, é celebrar contratos confidenciais, muito embora envolvam a exploração de um bem público. Entretanto, ofensa maior é surpar um direito histórico de uma instituição centenária. Muitas outras questões deveriam ser abordadas, mas fico por aqui".
* Atualizada às 18h43
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