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Atlético-MG e Fluminense prometem reeditar disputa de 2012 pelo Brasileirão

Ronaldinho Gaúcho era atleticano em 2012 e virou tricolor em 2015 - Douglas Magno/Photocamera
Ronaldinho Gaúcho era atleticano em 2012 e virou tricolor em 2015 Imagem: Douglas Magno/Photocamera

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

14/07/2015 06h00

Vencer o Fluminense passou a ter um gosto especial para o torcedor do Atlético-MG, desde o Campeonato Brasileiro de 2012, quando as duas equipes disputaram o troféu que acabou nas Laranjeiras. Para a torcida alvinegra, fatores extracampo ajudaram o adversário e a partir de então se criou uma rivalidade entre os dois clubes. Algo que aflorou nos últimos dias, com o Atlético assumindo a liderança do Brasileirão e o Fluminense chegando à segunda colocação.

Com uma base que vem desde aquele ano, a equipe dirigida por Levir Culpi, há mais de um ano no cargo, não dá sinais de queda e mostra que vai brigar nas cabeças mais uma vez. Reformulado depois de perder o patrocinador e parceiro de longa da data, o Fluminense se encontrou com um elenco formado por revelações e antigos medalhões, como Fred e Diego Cavalieri. A chegada de Ronaldinho Gaúcho é um aviso que a equipe carioca sonha em conquistar a competição pela terceira vez em seis anos.

Ronaldinho, aliás, que estava do outro lado há três anos. Então R49, o novo meia tricolor foi um dos grandes responsáveis pela acessão do Atlético. Com ele o clube mineiro conseguiu voltar à Libertadores, após 13 anos, e conquistá-la. Algo que o Fluminense ainda persegue, já que o clube carioca segue sem conquistar um título continental. Se agora o Atlético não tem Ronaldinho, o clube aposta em um time mais maduro e um elenco mais farto para superar o rival.

Remanescente de 2012, o meia Guilherme lembra bem daquela temporada. O jogador atleticano ressalta o bom trabalho feito pelo Atlético. Com os 72 pontos que atingiu naquele campeonato, cinco a menos que o Fluminense, o time mineiro teria conquistado o título em três edições do Brasileiro por pontos corridos. Ao lado do Grêmio de 2008, a campanha alvinegra em 2012 é a melhor de uma equipe vice-campeã.

“A gente só perdeu porque o Fluminense estava voando. Não foi uma falha, o Fluminense mereceu o título aquele ano, mas nossa campanha foi de campeão. Agora é manter o mesmo foco e o mesmo trabalho. Mas acho que o time (Atlético 2015) é mais qualificado do que aquele (Atlético 2012), com um elenco bem fortalecido. As coisas já estão indo bem, então é continuar com humildade para não ter surpresas”, comentou Guilherme.

Embora tenha perdido o título para o Fluminense, o Atlético tem levado a melhor nos confrontos recentes. Já são nove partidas de invencibilidade, com cinco triunfos e quatro empates. Inclusive, o confronto pela 2ª rodada do atual Brasileiro foi marcante. Sem qualquer tipo de ressentimento pela eliminação na Libertadores, três dias antes, o Atlético goleou o Fluminense por 4 a 1, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Resultado que custou o cargo do técnico Ricardo Drubscky, substituído por Enderson Moreira. E é o retrospecto recente um dos trunfos atleticanos nessa nova disputa com o Fluminense. Embora o Atlético esteja há quase 44 anos sem conquistar o Brasileirão, os títulos recentes na Libertadores, Recopa e Copa do Brasil amenizam a pressão que existia em 2012.

“É um título que o Atlético não vence há muito tempo, mas quando se conquista outros grandes títulos, a gente consegue trabalhar melhor. E sem dúvidas é um time que se tornou campeão, se tornou campeão. Agora, com humildade, trabalho e respeito aos adversários, tem tudo para conquistar o Brasileiro”, completou Guilherme.

Vasco no meio

Assim como em 2012, o Vasco está no meio da disputa entre Atlético e Fluminense. Agora por motivos não tão nobres como há três temporadas. Lutando contra o rebaixamento, o time de São Januário faz clássico com o Fluminense neste domingo. Como o Atlético entra em campo no sábado, contra o Corinthians, a equipe tricolor vai para o jogo já sabendo se pode ou não tomar a liderança.

Em 2012, depois de 13 rodadas, o Atlético era o líder do Campeonato Brasileiro com 32 pontos. Até então, a disputa era com o Vasco. Ainda com a equipe que havia vencido a Copa do Brasil no ano anterior, o time vascaíno tinha nomes como Fernando Prass, Dedé e Juninho Pernambucano. Naquela altura ocupava a vice-liderança, com 30 pontos, quatro a mais que o Fluminense, que estava na terceira posição.