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Novo diretor do Cruzeiro adota humildade e quer aprender com atual gestão

Isaías Tinoco é apresentado como diretor de futebol do Cruzeiro - Bruno Braz/UOL
Isaías Tinoco é apresentado como diretor de futebol do Cruzeiro Imagem: Bruno Braz/UOL

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

23/07/2015 17h13

Isaías Tinoco adotou o tom de humildade em seu primeiro discurso como diretor de futebol do Cruzeiro. Ao lado do presidente Gilvan de Pinho Tavares, do gerente Valdir Barbosa e do supervisor Benecy Queiroz, ele disse que chega à Toca da Raposa II para aprender e, na sequência, realizar dois objetivos: a transição entre as categorias de base e o elenco comandado por Vanderlei Luxemburgo e buscar reforços.

Questionado sobre a sua função no novo clube, o dirigente que acumula passagens por Vasco, Flamengo e Guarani, disse que, em primeiro lugar, necessita de humildade.

“Em primeiro lugar, preciso ser humilde. Tenho que reconhecer que algumas pessoas conhecem mais do Cruzeiro que eu e terei que fazer um intensivo de poucos dias para que eu possa conhecer. O Cruzeiro vai ter sua metodologia própria, da base ao principal, com a assertiva que o treinador da principal será o delimitador do que será feito nas divisões de base junto com a fisiologia”, afirmou.

“Se você, na base, trabalha com valências que deixam de ser trabalhadas em outra situação, a tendência de rompimento é grande. O Cruzeiro vai estar ligado em outros mercados. Com professores como o Valdir e o Benecy, eu posso angariar conhecimento para realizar o meu trabalho”, acrescentou.

Confira as respostas de Isaías Tinoco em entrevista coletiva:

Chegada ao Cruzeiro
“Aproveito para inicialmente para me desculpar que ontem não entendi algumas ligações porque queria ter uma orientação melhor por parte do Cruzeiro. É um sonho trabalhar num grande clube com a estrutura que o Cruzeiro tem. É um sonho que está sendo realizado hoje. Tive a chance de trabalhar no Vasco, no Flamengo, no Guarani... Chegar a uma potência como o Cruzeiro é um sonho realizado. Não vai faltar empenho, honestidade. O trabalho vamos fazer no dia a dia com a nossa capacidade, ainda mais com gestores da competência do Valdir Barbosa e do Benecy”.

Buscar reforços
“O trabalho tem que ser criterioso. Quando falo que vou trabalhar ao lado do Valdir e do Benecy, é uma questão de critério. O Cruzeiro vem realizando um bom trabalho há grande tempo. Pode ser que estejamos em uma entressafra, mas existe uma safra pertinho de ser utilizada. Essa transição da base para a equipe principal é nossa meta prioritária. O nosso primeiro mercado é interno. O segundo é externo, mas respeitando sempre, porque o regime é presidencialista”.

Indicação do Luxa
“Não tenha dúvidas. Fui indicado pelo Vanderlei (Luxemburgo), mas sou homem da instituição. Por ser homem da instituição, quero fazer o melhor para que o clube volte às conquistas e que sua torcida fique alegre. Gosto de dar volta olímpica e acho que vou dar”.

Primeira conversa
“A conversa bastante elucidativa, bastante clara daquilo que o Cruzeiro quer e o presidente espera. O que o Valdir e o Benecy repetiram é que cheguemos a um ponto comum, se não perfeito, mas próximo da perfeição”.

Por que aceitar o convite
“Preponderante foi a estrutura do Cruzeiro, umas estrutura ímpar, sem dúvidas, entre as melhores do país. A gente tem que buscar sempre o que é o melhor e onde podemos realizar os nossos sonhos. Sou muito grato ao Vasco, ao presidente Eurico, mas vim para tentar fazer algo de positivo para que possamos ganhar”.

Trabalho com a base
“Quando eu falei em mercado interno, falei em mercado voltado para a base. Existe um movimento do futebol de base para evitar esse tipo de aliciamento. Se não me engano, foi feito um encontro em Belo Horizonte agora. A Lei Pelé permite que esse tipo de confronto entre clubes ocorra. O que tem que ficar claro é que o jogador iniciante procura o clube que lhe oferta melhores condições e o Cruzeiro surge como esse clube. O atleta quer vir para o Cruzeiro porque ele tem a certeza que é a melhor oferta”.

O que fazer
“Não há grandes alterações. Você vê que o Cruzeiro não teve solução de continuidade. O Cruzeiro continuar ser grande e forte como sempre foi. O Cruzeiro teve uma gestão domiciliar, mas foi muito bem feita. O regime do clube está colocando alguma coisa para que seja feito em beneficio próprio da base e da torcida. São momentos diferentes. Não adianta comparar coisas, porque não vamos chegar a lugar algum”.