Atlético-MG comemora dois anos da Libertadores e planeja virar frequentador
Há dois anos Belo Horizonte amanhecia num misto de expectativa, apreensão, medo, euforia e muitos fogos de artificio. O dia 24 de julho de 2013 já estava na centenária história do Atlético-MG, que receberia o Olímpia-PAR para a decisão da Copa Libertadores. Era a primeira final atleticana, que estava apenas na quinta participação. A bola de Matías Giménez bateu na trave, veio o título e uma nova história dentro da competição continental.
Líder do Campeonato Brasileiro, o Atlético precisa somar mais 36 pontos para chegar à marca estabelecida como suficiente para garantir um lugar no G4. Caso mantenha o bom desempenho das primeiras 14 rodadas, o time mineiro pode disputar a Libertadores por quatro temporadas consecutivas, um marco para quem havia disputado apenas quatro das primeiras 53 edições do torneio.
Claro que o título foi a maior conquista do ex-presidente Alexandre Kalil. No entanto, o dirigente não esconde que seu maior legado foi deixar o clube estruturado e em condições de brigar pelas primeiras posições em todas as competições.
“A Libertadores tem um segredo: você tem que frequentar. E nós viramos habitués da Libertadores. E acho, como torcedor do Atlético, que nós vamos de novo. Temos tudo para ir de novo para mais uma Libertadores”, disse Kalil, em entrevista à Fox Sports.
“Tenho uma teoria sobre time que frequenta Libertadores. Esse time fica surdo. Não tem medo de torcida. Primeira característica de um time que frequenta Libertadores é que não adianta gritar na cabeça dele”, completou.
Contar com jogadores experientes e acostumados ao torneio é um dos fatores que torna a equipe preparada para superar as adversidades. Nesse ponto, o Atlético perdeu muitos campeões nos últimos meses. Da equipe considerada titular na inédita conquista de 2013, apenas quatro continuam no clube. O goleiro Victor, o lateral direito Marcos Rocha, o zagueiro Leonardo Silva e volante Leandro Donizete.
Ao todo apenas 11 dos 33 jogadores que foram inscritos naquela Libertadores ainda estão no Atlético. Além dos quatro já citados, ainda permanecem em Belo Horizonte o goleiro Giovanni, o lateral direito Carlos César, o zagueiro Jemerson, os volantes Lucas Cândido e Josué – titular nos quatro jogos finais -, além dos meias Luan e Guilherme.
Caso conquiste uma vaga na Libertadores do ano que vem, seja por Brasileiro ou pela Copa do Brasil, o Atlético vai entrar para um grupo que tem outras quatro equipes nacionais. São Paulo, Cruzeiro, Grêmio e Santos já conseguiram participar de quatro edições consecutivas da edição nacional. O recorde brasileiro é do São Paulo, com sete presenças consecutivas, entre 2004 e 2010.
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