Topo

Atlético-MG comemora dois anos da Libertadores e planeja virar frequentador

Victor ergue a Taça Libertadores conquistada pelo Atlético-MG em 2013 - Marcus Desimoni/UOL
Victor ergue a Taça Libertadores conquistada pelo Atlético-MG em 2013 Imagem: Marcus Desimoni/UOL

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

24/07/2015 06h00

Há dois anos Belo Horizonte amanhecia num misto de expectativa, apreensão, medo, euforia e muitos fogos de artificio. O dia 24 de julho de 2013 já estava na centenária história do Atlético-MG, que receberia o Olímpia-PAR para a decisão da Copa Libertadores. Era a primeira final atleticana, que estava apenas na quinta participação. A bola de Matías Giménez bateu na trave, veio o título e uma nova história dentro da competição continental.

Líder do Campeonato Brasileiro, o Atlético precisa somar mais 36 pontos para chegar à marca estabelecida como suficiente para garantir um lugar no G4. Caso mantenha o bom desempenho das primeiras 14 rodadas, o time mineiro pode disputar a Libertadores por quatro temporadas consecutivas, um marco para quem havia disputado apenas quatro das primeiras 53 edições do torneio.

Claro que o título foi a maior conquista do ex-presidente Alexandre Kalil. No entanto, o dirigente não esconde que seu maior legado foi deixar o clube estruturado e em condições de brigar pelas primeiras posições em todas as competições.

“A Libertadores tem um segredo: você tem que frequentar. E nós viramos habitués da Libertadores. E acho, como torcedor do Atlético, que nós vamos de novo. Temos tudo para ir de novo para mais uma Libertadores”, disse Kalil, em entrevista à Fox Sports.

“Tenho uma teoria sobre time que frequenta Libertadores. Esse time fica surdo. Não tem medo de torcida. Primeira característica de um time que frequenta Libertadores é que não adianta gritar na cabeça dele”, completou.

Contar com jogadores experientes e acostumados ao torneio é um dos fatores que torna a equipe preparada para superar as adversidades. Nesse ponto, o Atlético perdeu muitos campeões nos últimos meses.  Da equipe considerada titular na inédita conquista de 2013, apenas quatro continuam no clube. O goleiro Victor, o lateral direito Marcos Rocha, o zagueiro Leonardo Silva e volante Leandro Donizete.

Ao todo apenas 11 dos 33 jogadores que foram inscritos naquela Libertadores ainda estão no Atlético. Além dos quatro já citados, ainda permanecem em Belo Horizonte o goleiro Giovanni, o lateral direito Carlos César, o zagueiro Jemerson, os volantes Lucas Cândido e Josué – titular nos quatro jogos finais -, além dos meias Luan e Guilherme.

Caso conquiste uma vaga na Libertadores do ano que vem, seja por Brasileiro ou pela Copa do Brasil, o Atlético vai entrar para um grupo que tem outras quatro equipes nacionais. São Paulo, Cruzeiro, Grêmio e Santos já conseguiram participar de quatro edições consecutivas da edição nacional. O recorde brasileiro é do São Paulo, com sete presenças consecutivas, entre 2004 e 2010.