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Desacreditado, novo diretor do Cruzeiro é comparado a ídolo e a arquirrival

Isaías Tinoco se apresenta ao Cruzeiro ao lado de Gilvan de Pinho, Valdir Barbosa e Benecy Queiroz - Divulgação/Cruzeiro
Isaías Tinoco se apresenta ao Cruzeiro ao lado de Gilvan de Pinho, Valdir Barbosa e Benecy Queiroz Imagem: Divulgação/Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

24/07/2015 06h00

Isaías Tinoco chegou à Toca da Raposa II com rejeição da torcida, mas o apreço de Vanderlei Luxemburgo e dos cartolas do Cruzeiro. Embora seja desconhecido do público mineiro, ele foi comparado a dirigentes que se deram bem em Belo Horizonte. O presidente Gilvan de Pinho Tavares o vê parecido com Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras, enquanto o treinador diz que o seu trabalho se assemelha ao de Eduardo Maluf, executivo do arquirrival Atlético-MG.

A carreira do dirigente foi iniciada na década de 1970 no Flamengo. Depois disso, ele passou pelo Vasco, onde se tornou o braço direito de Eurico Miranda e, inclusive, formou o time campeão brasileiro de 1997 e vencedor da Copa Libertadores da América da temporada seguinte. O ponto baixo de sua trajetória foi a ida ao Guarani, em janeiro de 2013.

Responsável por indicar Isaías Tinoco ao presidente do Cruzeiro, Vanderlei Luxemburgo enaltece o currículo do novo diretor de futebol do clube e o compara a Eduardo Maluf, executivo que esteve ao seu lado em sua primeira passagem pela Toca da Raposa II, em 2003, e na Cidade do Galo, em 2010.

“O Isaías é um homem do ramo. Isaías, Maluf... São pessoas do ramo, que estão há muito tempo. Vou citar o Maluf como exemplo para o Isaías. O Isaías ficou entre Flamengo e Vasco muito tempo e o Maluf entre Cruzeiro e Atlético na mesma situação. São profissionais de qualidade. Sempre tem desconfiança de alguma coisa e eu acho que é totalmente natural”, declarou, em entrevista à Rádio Itatiaia.

A rejeição à contratação de Isaías Tinoco é encarada com naturalidade por Gilvan de Pinho Tavares. O presidente lembra que Alexandre Mattos, um dos incumbidos pela montagem do elenco bicampeão nacional, chegou à Toca da Raposa II vindo do América-MG e sem muito prestígio. Hoje, ele é tido até como ídolo do Palmeiras.

“Eu prefiro considerar que isso não é rejeição. O mineiro é, por natureza, desconfiado. Quando não temos certeza de determinada coisa, ficamos sempre com um pé atrás, aguardando para ver o que vai acontecer. É isso que tenho a impressão que está acontecendo. A torcida do Cruzeiro ficou com saudade do Alexandre Mattos. Na gestão dele, montamos um time fantástico”, declarou.