Futebol salvou atacante do Cruzeiro de relação conturbada com o pai
Nascido em Penedo, no interior de Alagoas, Marinho, a nova sensação do Cruzeiro, teve que superar uma infância difícil para se tornar jogador de futebol. Os problemas com o pai alcoólatra, que agredia a mãe e a irmã, fizeram com que ele tenha enfrentado situações embaraçosas na escola para defender a honra de seu progenitor. O esporte foi o que mudou a vida do jovem.
Apaixonado pelo futebol desde criança, o atleta iniciou a sua trajetória na escolinha do Penedense, clube de sua cidade natal. Era preciso desembolsar 15 reais mensais para que ele participasse das atividades, valor que parece ínfimo, mas onerava as finanças de sua família. A mãe Eliane, mesmo que a contragosto do próprio garoto, foi a responsável por custear a permanência nos gramados.
A partir dali, iniciou a carreira de uma das apostas de Vanderlei Luxemburgo para a montagem do elenco do Cruzeiro em 2015. Aos 16 anos, ele atuava pelo sub-20 do Penedense. A intimidade com a bola e a facilidade para chegar ao gol fizeram com que o Corinthians de Alagoas – clube que já contou com Deco, Luiz Gustavo e Pepe – contratasse o jovem. O convite ocorreu após uma goleada do time sobre a equipe de sua terra por 21 a 1.
A partir daí, a carreira é conhecida. Marinho passou por Fluminense, Internacional, Goiás, Paraná e Náutico até chegar ao Ceará, onde chamou a atenção do atual treinador do clube bicampeão brasileiro. Em quatro jogos pelo time da capital mineira, sendo apenas dois como titular, ele já conquistou o carinho da torcida e ainda marcou um gol, fato que rende elogios de Luxa.
“O Marinho vai buscar seu espaço. Ele jogou muito bem, mas fez algumas coisas desnecessárias às vezes. É bom nego dar umas porradas nele de vez em quando, para ele aprender que não tem necessidade de fazer algumas coisas que não levam a lugar nenhum. Ele só vai ficar exposto a uma pancadaria”, comentou.
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