Topo

Luxa usa churrasco e bate-papo com ídolos para animar elenco do Cruzeiro

Vanderlei Luxemburgo aproxima elenco do Cruzeiro com ídolos do passado - Gualter Naves / Light Press / Cruzeiro
Vanderlei Luxemburgo aproxima elenco do Cruzeiro com ídolos do passado Imagem: Gualter Naves / Light Press / Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

28/07/2015 06h00

Vanderlei Luxemburgo repete no Cruzeiro um artifício que utilizou no período em que esteve à frente de Santos e Flamengo. O treinador convida ex-jogadores para a confraternização com o elenco do clube. O cardápio dos encontros é sempre o mesmo: churrasco. Nas reuniões, ele tenta aproximar os atletas e fortalecer o plantel para a disputa do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. A presença de Dirceu Lopes na Toca da Raposa II tornou-se constante. Agora, ele planeja levar ao local Tostão e Zé Carlos.

“Dirceu (Lopes), Raul (Plassmann) estão sempre por aqui. Daqui a pouco estão aí Tostão, Zé Carlos. Eu gosto da presença de jogadores que têm história no clube. Cheguei ao Santos em 1999 e tinha um negócio que ex-jogadores eram proibidos de ir à Vila. Eu gosto que eles compareçam ao clube para que os atletas atuais entendam o que eles representam”, afirmou.

“Eu consegui um churrasco com Pelé, Clodoaldo, Mengálvio, Zito, Coutinho... Vocês, da imprensa, nunca conseguiram colocar esses caras juntos num churrasco, e eu consegui colocar. Faremos isso aqui no Cruzeiro também. Quanto mais ex-jogadores conseguirem vir aqui, serão muito bem-recebidos por nós, podem ter certeza disso”, declarou.

O pentacampeão brasileiro não é conhecido somente por ser um bom estrategista. Ele conta também com outro atributo importante na gestão dos jogadores de futebol: a habilidade para conduzi-los em outros aspectos. Luxemburgo já utilizou o espaço da Toca da Raposa II para uma confraternização entre os atletas e tenciona estender o convite a ex-jogadores do clube.

O método usado para unir o elenco é antigo na carreira de Vanderlei Luxemburgo. Em 1997, quando esteve no Santos, a prática ficou conhecida pelo fato de ele receber membros da imprensa durante um churrasco em sua residência com jogadores, comissão técnica, dirigentes e ídolos históricos da agremiação paulista.

No próprio Cruzeiro, em 2003, o treinador costumava realizar confraternizações entre membros do plantel e atletas com passagens históricas pelo clube a fim de mudar o astral. À época, a técnica deu certo. Será que, neste ano, ela também funcionará? A resposta será conhecida ao término da temporada.