Boa fase de Victor tem explicação. Treino diferenciado na Cidade do Galo

Victor é muito ídolo da torcida do Atlético-MG. Um Santo para muitos. Além da própria qualidade, o goleiro conta com um suporte para manter o nível elevado na meta alvinegra. Responsável direto por esse sucesso é Francisco Cersósimo, mais conhecido como Chiquinho. O preparador de goleiros trabalhou com Victor no Grêmio e no Atlético já estão juntos desde 2012.

Mais do que a longa parceria, Chiquinho tem inovado nos treinos dos arqueiros atleticanos. Em junho ele esteve em Portugal para participar de um congresso da categoria e trouxe para a Cidade do Galo algo que tem chamado a atenção de todos. Popularmente conhecido como João-bobo, o boneco deixou de ser um brinquedo para virar algo útil na preparação dos goleiros do Atlético.

“A maioria dos clubes europeus já tem esse tipo de material e eu consegui produzir aqui no Brasil, em São Paulo. É um treinamento que você busca melhor velocidade de deslocamento do goleiro. Ele tem que se deslocar rápido para segurar a bola. Isso facilita no trabalho de cruzamento, além de permitir trabalhar de várias maneiras, com atacantes ou zagueiros”, explicou Chiquinho.

Se o João-bobo se destaca pelo tamanho, os goleiros do Atlético contam com algo que poucos perceberam até hoje, mas está sempre no campo durante os treinos. Chiquinho conta com uma câmera para registrar todos os movimentos dos arqueiros durante as atividades. Depois de editar o material, ele corrige os erros e aprimora o que está certo. Não só com Victor, mas também com os reservas Giovanni e Uilson.

“Você tem que procurar saber as tendências da sua profissão para evoluir. Lá nesse congresso eu vi a preocupação muito grande que eles têm com a parte psicológica e tática do goleiro. Então procuro estar sempre atualizado, para melhorar a qualidade dos nossos goleiros”.

Em alto nível, como se comprovou nas duas últimas partidas, contra Figueirense e São Paulo, Victor está de contrato renovado, até 2019. O goleiro do Atlético não deixa de agradecer seu preparador pela qualidade do trabalho diário na Cidade do Galo.

“O Chiquinho é um grande profissional. Por mais que a gente esteja jogando em um altíssimo nível, ele nunca vai nos deixar acomodar e sempre vai cobrar. Isso é positivo no trabalho dele. O processo de treinamento vive constante evolução e, a cada dia, passa situações diferentes, mas sempre voltado para o que a gente vai fazer no jogo”.