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Mesmo com Ronaldinho, Flu tem menor posse de bola do que o adversário

Paulo Matuck

Do UOL, em São Paulo

03/08/2015 10h40

A 16ª rodada do Brasileirão marcou o retorno do Fluminense ao G4. O time carioca, agora terceiro colocado, promoveu a estreia de Ronaldinho Gaúcho na partida contra o Grêmio, sábado, no Maracanã. Venceu por 1 a 0. Todavia, mesmo com o reforço, não mudou sua característica de jogar. Ficou menos tempo com a posse de bola em comparação ao adversário.

Dos 11 primeiros colocados na classificação do Brasileirão 2015, o tricolor carioca é o que menos valoriza a posse de bola. Das 16 partidas que realizou, em apenas quatro oportunidades teve o domínio da pelota por período maior do que o rival. Em todas as vezes que isso aconteceu, o time venceu. Nos outros 12 confrontos, o adversário ficou com a bola mais tempo do que o Fluminense. Nessas partidas o Tricolor das Laranjeiras colheu cinco vitórias, três empates e quatro derrotas.

Entre as equipes que frequentam as posições na primeira metade da classificação, além do Fluminense, apenas o Palmeiras apresenta um saldo negativo no quesito posse de bola, mas em proporção significativamente inferior ao do time carioca.  A equipe paulista teve maior domínio em sete partidas e viu o adversário ficar mais tempo com a bola em nove confrontos.

No grupo dos ponteiros, o líder Atlético-MG é o time que mais vezes terminou partidas com maior volume de posse de bola. Isso aconteceu em 12 das 16 rodadas. Mais embaixo na tabela de classificação, o São Paulo, sétimo colocado, e o Internacional, décimo, assim como a equipe mineira, apresentaram menor controle da bola do que os rivais em apenas quatro dos 16 jogos realizados.

O Corinthians, vice-líder do Brasileirão, demonstra equilíbrio nesse quesito. Em oito partidas teve maior posse de bola. Nas outras oito, foi seu adversário que ficou mais tempo com a pelota. O Sport, que completa o G4, teve mais posse de bola em dez de suas partidas contra seis de predomínio dos rivais.

Os números do Brasileirão 2015 mostram uma ligeira vantagem para os times que ficam menos tempo com a bola. Dos jogos que tiveram vencedor, 51,7% terminaram com os três pontos conquistados pelas equipes que ficaram menor tempo com a pelota. Os times que retiveram a bola por maior período ganharam 48,3% dos confrontos.