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Palmeiras frustra plano de liderança e ganha desafios para voltar ao G-4

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

03/08/2015 06h00

Marcelo de Oliveira completou dez partidas pelo Palmeiras e transformou a realidade da equipe na temporada, mas a derrota para o Atlético-PR por 1 a 0, com apresentação ruim no Allianz Parque, deixou lições e desafios no domingo. Há trabalho pela frente para alcançar os primeiros degraus da tabela.

Até então no G-4, o Palmeiras saiu da zona de acesso à Copa Libertadores e ficou ainda mais longe do líder Atlético-MG. Agora, a distância para a equipe de Levir Culpi é de sete pontos e há quatro times entre os palmeirenses e os atleticanos. Passada a etapa inicial, Marcelo sabe que precisa fazer correções e apresentar evolução para dar o passo seguinte. Ou seja, brigar de fato pela ponta.

A curtíssimo prazo, a primeira preocupação deverá ser Gabriel. Jogador mais regular do ano, o volante saiu de campo machucado por uma torção no joelho e ainda será reavaliado, mas já se transforma em dúvida para pegar o Cruzeiro. Na função dele, não há um jogador com o mesmo nível de apresentações. Amaral e Andrei Girotto não decolaram ainda em 2015.

Já a médio prazo, encontrar novas maneiras de jogar e de furar defesas bem organizadas como a do Atlético-PR também são desafios. O Palmeiras de 2015 joga quase sempre no sistema 4-2-3-1, sem grandes variações. Assim, limita um elenco que, de tão vasto, possui três centroavantes de ofício e três meias criativos, por exemplo.

A falta de criatividade demonstrada contra o Atlético-PR, na avaliação de Marcelo, foi casual. O Palmeiras, vale lembrar, está entre os melhores ataques do Brasileiro. "Acho que foi um fato isolado. Queríamos jogar bem, mas o adversário nos marcou muito. Esses mesmos jogadores já criaram em outras oportunidades, então vamos nos cobrar em algum aspecto e fazer uma semana melhor de trabalho", avaliou o comandante.

Entre seus planos, possivelmente, está o melhor controle dos nervos de uma equipe que, sobretudo em casa, precisará sempre se comportar como protagonista e lidar com a pressão de um estádio cheio. Algo que, claro, o Palmeiras lidou muito bem no início do trabalho de Marcelo Oliveira. Mas que, na avaliação do próprio treinador, se deixou abalar depois do gol de Walter no domingo.