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Por que reforço do Cruzeiro foi dispensado do 11º colocado da Argentina?

Alejandro Cabral é o novo reforço do Cruzeiro para a atual temporada - Divulgação/Vélez Sarsfield
Alejandro Cabral é o novo reforço do Cruzeiro para a atual temporada Imagem: Divulgação/Vélez Sarsfield

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

04/08/2015 06h00

Novo reforço do Cruzeiro, Ariel Cabral não entra em campo desde 29 de março deste ano, quando o Vélez Sarsfield foi derrotado pelo Club Atlético Unión, pela sétima rodada da Primeira Divisão da Argentina. Na ocasião, ele entrou em campo na condição de reserva. Contudo, ostentava o rótulo de titular no time de Bueno Aires na campanha que acarretou na 11ª colocação em 2014. Mas o que fez com que o meio-campista tenha deixado o estádio José Amalfitani?

Os vencimentos do volante eram considerados elevados pela nova diretoria. Desde que Raúl Gámez assumiu o cargo de presidente, ele traçou como objetivo a redução de gastos. A folha salarial do elenco foi a primeira a sofrer com a situação. O mandatário encerrou contratos de atletas como Emiliano Papa, Sebastián Domínguez, Sebastián Sosa e Ariel Cabral.

Quando a saída do meio-campista foi confirmada, em abril deste ano, ele se pronunciou. Chateado com a rescisão contratual, o jogador atribuiu a culpa à nova cúpula do Vélez Sarsfield.

“Treinamos todos os dias, mas não podemos jogar futebol, essa foi a ordem que nos deram. Me dói deixar o clube assim, porque estive aqui por muitos anos. Deve ser um tema da diretoria, parece que esta diretoria está trabalhando assim”, disse a uma rádio da Argentina.

O UOL Esporte consultou Joan Vazquez, responsável pela cobertura diária do Fortín, como o time argentino é conhecido. O repórter do Diário Olé confirmou a versão dada por Ariel Cabral à época. Sucinto, ele explica que a decisão foi com o intuito de aliviar as contas da agremiação: “O problema foi dinheiro. O Vélez não podia pagar o seu contrato e teve que liberá-lo”, explicou.

Poucas lesões
Aos 27 anos, Ariel Cabral é conhecido por ter uma saúde de ferro. Em seis anos consecutivos no estádio José Amalfitani – entre 2011 e 2015 –, ele se ausentou de um número reduzido de jogos por problemas clínicos. O jornalista Joan Vazquez garante que o atleta esteve por pouquíssimo tempo no departamento médico.

“Que eu me recorde, ele não teve muitas lesões sérias. Pelo contrário. Ele, inclusive, sofreu lesões musculares em poucas oportunidades. Esta é uma de suas vantagens”, afirmou o repórter.