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Preparação especial e cabeça feita. A receita do meia em alta no Atlético

Meia demorou a estrear em 2015, mas vem colhendo os frutos após a volta por cima - Bruno Cantini/Atlético-MG
Meia demorou a estrear em 2015, mas vem colhendo os frutos após a volta por cima Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

04/08/2015 06h00

Nas últimas partidas do Atlético-MG no Brasileirão, o meia Giovanni Augusto tem ganhado espaço cada vez maior entre os holofotes. A explicação é simples. Desde que entrou em um acordo com o clube mineiro, o jogador só tem visto seu futebol crescer. Na última partida, contra o São Paulo, Pratto foi o nome do jogo, mas contou com dois passes de Giovanni para marcar.

Ciente de que seu futebol e o do time atleticano estão cada vez mais visados pelos adversários, Giovanni corre atrás para manter-se em dia com a parte técnica e a cabeça no lugar, a fim de continuar em alta e manter reais as chances de ser campeão.

“Estou me preparando bastante. Meu foco não é só dentro de campo. Procuro fazer tudo que a fisioterapia passa, os preparadores, para que eu evite o máximo de lesões. Faço trabalho em casa com um profissional que me ajuda durante as semanas cheias, para dar uma soltada na musculatura. Estou vendo a diferença. Isso é válido, cada vez mais tento procurar fazer de tudo para não ficar de fora dos jogos”, disse.

Nas 16 partidas do Atlético até o momento no Brasileirão, Giovanni Augusto esteve presente em todas, sendo que, em apenas uma ocasião, passou menos de 45 minutos em campo. A atual fase é tão boa que Levir já deu indícios de que pretende escalar o reserva Guilherme no time, mas o desempenho do atual titular não permite que o companheiro tenha brechas para jogar. Giovanni já marcou dois gols, além de ter oferecido cinco assistências para os companheiros balançarem as redes, o que o credencia a ser o segundo melhor garçom do campeonato, atrás somente de Patric, também do Atlético.

A história do meia na equipe mineira é cheia de reviravoltas. Cria da base atleticana, o jogador nunca ganhou espaço suficiente no time profissional, o que gerou seis empréstimos até se destacar no Figueirense, no ano passado. O bom futebol apresentado despertou o interesse do Atlético pelo seu retorno, mas o jogador tentou romper seu vínculo com o clube no início do ano. Desfeito o desacordo judicial, Giovanni passou a ser mais utilizado por Levir e só viu seu futebol crescer desde então.

“Hoje me sinto um atleta profissional, feliz, bem em trabalhar. Naqueles anos, não tinha o Atlético como prioridade, acabei colocando algumas coisas na frente do clube e acabei colhendo o que plantei. Hoje, me sinto feliz em ter dado a volta por cima e agora estou colhendo os frutos. Espero cada vez mais ajudar o Atlético, tenho um sonho aqui e ele está próximo de se realizar. Tenho que estar mais preparado para fazer com que aconteça”.