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"Craque" do Atlético recebe apoio dos companheiros para voltar a decidir

Guilherme é uma das esperanças do setor ofensivo do Atlético para o restante do ano - Bruno Cantini/Atlético-MG
Guilherme é uma das esperanças do setor ofensivo do Atlético para o restante do ano Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

23/08/2015 06h00

Nesses quatro anos em que veste a camisa do Atlético-MG, o meia Guilherme sempre dividiu opiniões. Dono de passes milimétricos capazes de desmontar as linhas defensivas adversárias, o jogador sempre causou desconfiança por causa da frequência de lesões. O histórico já quase impediu que renovasse seu contrato no início da atual temporada, mas o jogador ganhou um voto da diretoria e permaneceu. Contudo, Guilherme nunca se firmou de vez como titular de Levir Culpi, o que gerou muitas reclamações por parte do atleta e quase o fez se transferir do clube, não fosse um desacordo contratual com o Cruz Azul, do México. No entanto, seja no decorrer do campeonato ou nas últimas aparições entre os onze iniciais, o meia atuou bem aquém do esperado, fazendo renascer a velha desconfiança da torcida, mas agora por outros motivos.

Dentro do Atlético, é unânime a importância de Guilherme. Apelidado de craque pelos companheiros de clube, o meia também é apontado por Levir como um dos melhores do país e tem o apoio do treinador para recuperar o bom futebol.

 “Acho que ele é um dos mais técnicos do Brasil. Um dos melhores do Brasil. É importante que ele tenha uma continuidade de bons jogos. Creio que tem possibilidade até de seleção se tiver uma sequência de jogos jogando o que ele é capaz de jogar”, cometou recentemente, o técnico Levir.

Nos números, a fase de Guilherme não é mesmo a melhor. Até o momento no Brasileiro, o meia esteve em campo em nove das atuais 19 rodadas, mas ainda não marcou gol e sequer deu uma assistência, um de seus pontos fortes. Nas ocasiões em que jogou, saiu do banco seis vezes e começou como titular nos últimos três compromissos. Diante do Goiás, atuou os 90 minutos. Contra o Grêmio, deixou o campo aos 24 minutos do segundo tempo e contra a Chapecoense, precisou sair aos 42 do primeiro tempo por conta da expulsão de Leo Silva.

“Em termos físicos, já sinto uma melhora, mas peguei três jogos ruins, uma sequência que não vencemos, então considero (desempenho individual) ruim. Mas o importante é sentir bem e que a equipe saiba que poderíamos ser melhor. Mas as oportunidades vão continuar surgindo e temos que aproveitá-las, não só eu, mas todo o grupo”.