Topo

Argel detona os dois árbitros e o próprio time após derrota para o Avaí

Do UOL, em Porto Alegre

30/08/2015 13h58

Um combo que envolve arbitragem e vacilo no final da partida. Foi esta a fórmula que Argel usou para explicar a derrota por 3 a 0 do Internacional para o Avaí, neste domingo em Florianópolis. O treinador chamou a atuação de Pericles Bassols e Jean Pierre Lima de horrível (sim, houve substituição na arbitragem) e afirmou que o Colorado sentiu o pênalti polêmico marcado em Léo Gamalho – que abriu o marcador no estádio da Ressacada.

“Se o árbitro tivesse visto o pênalti no Sasha, que foi claríssimo, teríamos saído na frente. A gente não está achando desculpa, mas sim sublinhando um erro grave do árbitro. Tínhamos o jogo dominado, criando chances. O Avaí só chegou em bola parada. Não saímos na frente porque o árbitro não teve coragem de marcar o pênalti. Aí o árbitro sentiu uma lesão... Começamos o segundo tempo também perto de fazer o gol, fazendo o goleiro trabalhar. O adversário, até os 22 minutos não tinha incomodado. Aí vem um pênalti que até agora a gente se pergunta: o que ele marcou? Os dois árbitros foram horríveis. Horríveis”, disse Argel.

Aos seis minutos do primeiro tempo, Eduardo Sasha foi empurrado dentro da pequena área e nada foi marcado. Aos 33, Péricles Bassols sentiu dores na panturrilha e deu lugar ao quarto árbitro. No segundo tempo, o juiz substituto, Jean Pierre Lima, viu falta de Paulão em Léo Gamalho e deu pênalti. Depois do placar aberto, o Inter desmoronou.

“Não poderíamos ter tomado os dois gols que tomamos, abrimos a maneira de jogar. O Nilton sentiu, ficou tonto e saiu. É normal pelo calor, pela sequência de jogos. Depois de levar o gol abrimos, melhoramos e poderíamos ter empatado. Mas no final do jogo, em dois chutões para frente o adversário ganhou na velocidade e fez. É nossa responsabilidade, a gente assume. A gente, como equipe, não pode levar esses dois gols. Nós vamos assumir a nossa responsabilidade pelos gols e esperamos que a arbitragem faça o mesmo”, afirmou.

Confira outras respostas do treinador

ARBITRAGEM INFLUENCIOU

Com certeza, não tenho dúvida nenhuma. As imagens são claras e ainda me pergunto: é tão claro o pênalti no Sasha, ele vai fazer o gol e é puxado. No segundo, as pessoas aqui no estádio acharam que era falta a nosso favor. Os próprios jogadores do Avaí ficaram sem saber o que era. Da maneira como estava o jogo, com o árbitro errando como errou, influencia direto no placar. Não podemos reclamar, temos que assumir. Uma equipe com a nossa categoria não pode levar esses gols.

DEFESA E ERROS INDIVIDUAIS

O jogo não passa pelo placar que foi. O placar foi pesado, não diz o que foi o jogo. Poderíamos ter saído daqui com placar diferente. Novamente não teve parada técnica, a arbitragem olhou no iPhone e disse que estava 24 graus. Isso é bom senso, tinha que ter parado. O importante é que nossa equipe vem em uma sequência, não são só esses dois gols. Não vamos usar a arbitragem como desculpa para tudo, somos responsáveis pelos outros dois gols. Mas o modelo de jogo é esse, jogamos uma boa partida. Foi envolvente. Não vamos culpar o calendário, a arbitragem. Nada disso. Que a arbitragem teve um papel principal, é só olhar... Os dois árbitros conseguiram errar, nunca tinha visto isso. Colocamos o Anderson para ter uma bola mais trabalhada no meio-campo, o Wellington pelo lado direito antes. Mexemos no intervalo com a lesão, o desmaio do Nilton. Não iríamos mexer, mas com o gol no pênalti inexistente, tínhamos de ser mais incisivos. O adversário ganhou confiança, moral.

COMO CORRIGIR OS ERROS E SEM D’ALESSANDRO

Não tomamos gol de bola parada, foi depois de dois chutão (sic). E a gente entende, o time fica nervoso e brabo depois de um erro como aquele no pênalti (a favor do Avaí). A gente só quer o mesmo tratamento dos outros. O placar não diz o que foi a partida, é um placar pesado pelo o que a gente fez.

ANDERSON DISPERSIVO

Não falo em nomes, a responsabilidade é minha. Levamos dois gols em um balão do adversário. Poderíamos ter matado a jogada, ter dado um chutão para fora.