Topo

Crescimento ofensivo marca ascensão do Corinthians da 4ª posição ao topo

Paulo Matuck

Do UOL, em São Paulo

31/08/2015 10h00

Líder do Brasileirão após 21 rodadas, o Corinthians teve na melhoria da produção ofensiva o grande impulsionador de sua ascensão. O ataque, nas últimas nove rodadas, fez a média de gols subir 133% em relação às 12 primeiras jornadas da competição.

Nas 12 primeiras rodadas do torneio, o Corinthians balançou as redes adversárias em 12 oportunidades. Média exata de um tento por partida. Foi o suficiente para incluir a equipe no G4, grupo dos quatro times que iriam para a Copa Libertadores da América no ano que vem. Porém, na última posição.

A transformação ofensiva da equipe aconteceu a partir da 13ª jornada, com a vitória de 3 a 0 sobre o Flamengo no Maracanã. A partir daí, o time marcou 21 vezes em nove rodadas. A média subiu para 2,3 gols/jogo.  Foi o suficiente para levar o Corinthians para o topo da classificação do Brasileirão com folga de quatro pontos em relação ao Atlético-MG, vice-líder.

A média de 2,3 tentos por partida é a maior já obtida pelo time na história do Brasileirão desde que o sistema de pontos corridos foi implantado, em 2003. Até hoje, a melhor temporada em termos ofensivos do Corinthians neste formato foi em 2005, quando a equipe terminou como campeã marcando 2,1 gols por partida.

Porém, na média geral de 2015, levando-se em consideração todas as 21 rodadas, não apenas as nove últimas, o índice é de 1,6. Não é o maior da história, mas desde 2010, quando marcou 1,7 gol/jogo, o Corinthians não apresentava um desempenho ofensivo tão bom. Em 2011, ano do segundo título corintiano nos pontos corridos, a média foi de 1,4 gol/jogo.

O crescimento ofensivo veio casado com uma queda em relação ao desempenho na defesa. Nas 12 primeiras rodadas, o time sofreu oito gols, média de 0,7 por partida. Nas nove partidas seguintes, o time levou sete tentos. Com isso, o índice foi elevado para 0,8, crescimento de aproximadamente 14%. Apesar disso, em nenhum momento o Corinthians deixou de ter a defesa menos vazada da competição.

O balanço dessa operação, contudo, foi altamente positivo. O saldo de gols, que é o segundo critério de desempate no caso de igualdade em número de pontos ganhos ao término do campeonato, que foi de quatro nas primeiras 12 rodadas. Nas nove jornadas seguintes, foi de 14.