15 anos de mágoa. Por que Tite não deseja reencontro com Ronaldinho Gaúcho
Tite e Ronaldinho Gaúcho podiam ter se reencontrado na noite passada, em Itaquera. O desfalque do meia-atacante do Fluminense na visita ao Corinthians, porém, provavelmente deixou o treinador com certo alívio. Há uma mágoa de 15 anos que nasceu no Estádio Olímpico.
A amigos, Tite assume que guardou mágoas pela forma como Ronaldinho se comportou com ele no polêmico episódio de sua saída sem custos do Grêmio. Ele era o treinador do clube à época e não gostou de ter perdido seu principal jogador pouco depois de ter ouvido dele que não deixaria de vestir a camisa gremista. Orientado pelo irmão e empresário Assis, Ronaldinho se mudou para o PSG da França depois de intensa batalha judicial em 2001.
O episódio, uma década depois, chegou ao conhecimento da direção do Corinthians, pois Tite havia voltado ao Corinthians nos últimos meses de 2010. Depois de conseguir emplacar a contratação de Roberto Carlos, Ronaldo fez força com o então presidente Andrés Sanchez para que Ronaldinho vestisse a camisa corintiana - o Flamengo, porém, venceu a disputa por Gaúcho com apoio da Traffic.
Tite, sobretudo naquele momento, não quis e não tinha poder para exercer qualquer veto a respeito da negociação, segundo membros da direção à época. Mas deixou evidente para os colegas de clube que o comportamento de Ronaldinho no Grêmio havia criado uma mágoa profunda e que resiste até os dias de hoje. Houve outras ocasiões nos últimos anos em que Assis e Corinthians conversaram sobre essa possibilidade.
Naquele mesmo ano de 2011, Tite foi perguntado em entrevista coletiva a respeito do episódio e não quis se pronunciar. Fez um comentário, ainda assim. "O Ronaldinho eu conheço bem. Fui o último técnico brasileiro dele antes de ir para a França. É uma satisfação ter trabalhado com ele. Ele é extraordinário e tem qualidades e virtudes enormes. Será um prazer reencontrá-lo", afirmou na véspera de um Corinthians x Flamengo.
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