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Seis motivos para empolgar o Inter após goleada em cima do lanterna

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

03/09/2015 06h00

Depois de celebrar o placar de 6 a 0 diante do Vasco, o Internacional passa a dissecar os reflexos da sua maior goleada em Campeonato Brasileiro desde 2004. Mesmo que tenha batido o pior time da competição até aqui, com ataque pífio e campanha negativamente histórica, o Colorado tem seis motivos para se empolgar. Eles vão desde o simples avanço na tabela até o desempenho individual de alguns reforços trazidos no começo do ano.

Melhora no saldo

A herança mais simples, direta e visível a olho nu na tabela é a melhora no saldo de gols. Até golear o Vasco, o Inter tinha saldo menos oito. Um combo de ataque tímido, de time integrante da zona do rebaixamento, com vários resultados elásticos contra (3 a 0 para Atlético-PR, Sport e Avaí) e mais o famigerado Gre-Nal do 5 a 0 na Arena do Grêmio.

Efeito moral

Ganhar do lanterna, em casa, era obrigação. Fazer o que nenhum time fez até então no time de pior ataque e com incrível saldo negativo já virou plus. O adicional injeta ânimo, devolve confiança e serve até como um marco para o elenco – que 24 dias antes esteve do lado oposto e preciso aguentar uma goleada em clássico.

Aproximação do G4

A vitória aproximou o Internacional do grupo de cima da tabela. É verdade que a diferença caiu apenas um ponto, mas para quem andava perdido no meio da classificação, o avanço é mais do que simbólico. Dá esperança de uma melhora, mediante série de triunfos. Os números seriam outros se o Atlético-PR não tivesse vencido o Atlético-MG. Aí a distância seria de quatro pontos para São Paulo e o próprio clube paranaense.

Lisandro López

Indicado por Diego Aguirre, o atacante argentino foi chamado por Argel para uma conversa – ao lado de outro pupilo do uruguaio, o volante Nico Freitas. Ambos ouviram que as chances apareceriam e o rótulo de ‘amigos do antigo treinador’ não colaria. O gringo entrou no intervalo e fez dois gols, revivendo seu melhor momento pelo Colorado na temporada. Ele é o ficha um para ser titular contra o São Paulo, em virtude da suspensão de Vitinho.

Nilton

Segundo reforço mais caro do Internacional em 2015, Nilton confessou estar mais magro e vive boa fase. Titular em todos os jogos sob o comando de Argel, conseguiu enfim balançar as redes. Fazer o primeiro gol era um desafio particular do jogador, que já se mostra muito mais útil para o time e se afirmou como substituto de Aránguiz – vendido ao Bayer Leverkusen.

Anderson

Aposta da diretoria, contra a vontade do então técnico Diego Aguirre, Anderson é de longe o reforço que menos rendeu na relação expectativa versus realidade. A participação dele na reta final da goleada agradou a comissão técnica. “Eu vi o Anderson com fome, ele está babando por uma chance e entrou marcando o lateral até o fim mesmo estando 4 a 0”, disse Argel.