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Em busca do título inédito, Levir muda de ideia e não pensa mais em parar

Adrenalina do futebol é um dos motivos que impedem Levir Culpi de encerrar a carreira - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Adrenalina do futebol é um dos motivos que impedem Levir Culpi de encerrar a carreira Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

05/09/2015 06h00

Levir Culpi deixou o Atlético-MG em 2007 para comandar o Cerezo Osaka, do Japão. Sete anos mais tarde, voltou para o clube e desde o ano passado foi um dos responsáveis por ajudar o time a conquistar as inéditas Recopa e Copa do Brasil. Desfecho perfeito para quem se preparava para deixar o futebol. Mas não deixou. O fim de ano memorável foi um dos motivos que o convenceram a ficar no futebol, e hoje, nove meses mais tarde, Levir descartou de vez a vontade de se aposentar, abrindo a possibilidade de encerrar a temporada com boas perspectivas para o futuro e um título que quase foi seu por duas vezes.

 “Estou passando dos 60. Agora passa mais pela minha cabeça essa coisa sobre a hora de parar. Eu não me sinto preparado para parar. A parada para técnico e jogador de futebol é uma das coisas mais difíceis que se pode imaginar justamente por causa da adrenalina do jogo. Você vive uma vida tão intensa que depois vai para casa, vai tomar café, almoçar, jantar e vai esperar o que mais... Nós temos que pensar para parar. E eu não me sinto preparado nesse momento”, comentou o treinador, que tem contrato até dezembro desde ano.

Eliminado recentemente na Copa do Brasil, restou ao clube brigar pelo título Brasileiro. Campeão apenas em 1971, a conquista é esperada ano após ano pela torcida, mas o técnico também tem motivos de sobra para sonhar. Levir bateu na trave em 1998 (Cruzeiro) e em 2004 (Atlético-PR), ficando com o vice. Pelo Galo, já levou a equipe por duas vezes ao quarto lugar, além da quinta colocação no ano passado.

No ano passado, Levir demorou a aceitar a renovação de contrato proposto pelo clube, mas acabou fechando no final da temporada. Uma das condições para firmar um novo vínculo foi colocar as contas em dias, o que refletiu nas poucas contratações da equipe na temporada. Com outras perdas ao longo da temporada, o time mineiro sofreu uma leve queda no Brasileirão, mas ainda briga para diminuir a diferença para o Corinthians e terminar o ano com a taça que não vem há mais de 40 anos.