SP já esperava derrotas pesadas e defende estilo ofensivo de Osorio
Derrotado pelo Santos por 3 a 0 na última quarta-feira, o São Paulo tem um desafio indigesto neste domingo (13): joga em Porto Alegre contra o Grêmio, clube que está invicto em casa sob o comando do técnico Roger Machado – oito vitórias e dois empates em dez jogos. A postura ofensiva adotada pelo técnico Osorio, porém, deve ser mantida no duelo no Sul. A diretoria do clube minimiza o placar elástico sofrido no meio de semana e entende que derrotas pesadas eram ponto previsto ao contratar um treinador que aborda todos os jogos, dentro ou fora de casa, com filosofia totalmente voltada ao ataque.
“O que está acontecendo era previsto. Nós sabíamos que, pela característica dele, de lutar pela vitória, dificilmente ele empata. Ele pode ganhar como pode levar um 3 a 0. Era esse o perfil que nós queríamos e estamos satisfeitos”, disse Ataíde Gil Guerreiro ao UOL Esporte.
Faz parte das convicções de Osorio praticar futebol ofensivo. Em diferentes oportunidades falou que o futebol brasileiro precisa recuperar a característica atacante e se mostrou contrário a posturas de contra-ataque, como a proposta por Tite no Corinthians. Na última sexta-feira, o colombiano falou sobre seu próprio estilo e disse que não desistirá de atacar dentro ou fora de casa por causa de derrotas pesadas. O São Paulo não joga por empate.
“Para os que gostam de defender, entendo e têm razão. Para os que gostam de atacar, esse é meu vício. Minha obrigação é sempre jogar para ganhar. O time treina para isso e não deve mudar. Para muitos, um bom selecionador, estrategista, se ajusta às necessidades e ao elenco que tem. Mas, quando eu fui buscado e me propuseram um trabalho, essas mesmas pessoas falaram textualmente: “Nós gostamos que você sempre joga atacando”. Isso falaram para mim, e me convenceram por isso. Agora pelos desfalques mudou, situação é muito diferente, mas não vou mudar", disse Osorio.
O São Paulo passa por turbulência no Morumbi devido ao momento financeiro e político. Nas últimas semanas o clube anunciou um pacote de medidas para aliviar os problemas de cofre, admitiu dívida maior do que anunciada, tentou um início de acordo para separar a parte social do departamento de futebol do clube, demitiu o CEO indicado por Abílio Diniz e anunciou a contratação de um substituto em menos de 24 horas. Do Morumbi ao CT da Barra Funda, no entanto, há o consenso de que Osorio é o nome certo para comandar o time.
“Ele vai ficar no São Paulo, vai fazer coisas boas ainda. Quem foi atrás dele, quem pesquisou, quem procurou fui eu”, diz Ataíde Gil Guerreiro sobre o treinador que teve de ser demovido da ideia de deixar o clube para assumir a seleção mexicana, há três semanas – Osorio se incomoda com a saída de oito jogadores, que não estavam previstas.
Apesar de Osorio ter desistido do título do Brasileirão e ter comentado que o São Paulo brigará apenas por classificação à Copa Libertadores e pelo título da Copa do Brasil, o vice-presidente de futebol mantém aspirações mais otimistas. “Ainda tenho uma esperança de ter uma reviravolta e da gente lutar pelo título. Mas respeito muito a opinião dele, ele deve ser mais comedido do que eu nas previsões. Sei que é difícil, mas tudo pode acontecer”, comenta Gil Guerreiro.
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