Saiba como Mano e Luxa ajudaram destaque do Cruzeiro a não ter mais lesões
Alisson encarou cinco lesões em menos de nove meses. Os problemas clínicos tornaram-se frequentes na carreira do meia-atacante. No entanto, desde que se recuperou da contusão muscular que sofreu no clássico com o Atlético-MG, no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, ele não voltou ao departamento médico e já atingiu a sua maior sequência de jogos como profissional do Cruzeiro. Mas o que permite que o jovem atue com mais frequência?
A solução para as ausências do apoiador parecia impossível. Porém, é mais simples do que se imagina. Além de um trabalho especial dos departamentos médico e de fisiologia, com exames de imagem e nutrição, era necessária compreensão por parte da comissão técnica, conforme Sérgio Freire Júnior, médico do clube. Ele conta que os treinadores e preparadores adotaram mais cautela em relação ao atleta.
“Na verdade, uma situação diferente do que tinha que eu percebi mais foi um cuidado maior por parte da comissão técnica, porque da parte de trabalho e cuidado da fisioterapia, dos fisiologistas, tudo isso vinha sendo mantido. Agora a compreensão é importante por parte de treinador e preparador físico, fazendo parte do trabalho deles”, disse ao UOL Esporte.
“Eles dão mais trabalhos específicos para que ele realize. Ele tem trabalhos diferenciados, principalmente depois de jogos. Então, o principal que eu percebi foi isso: a participação do pessoal de comissão técnica”, acrescentou.
Sérgio Freire Júnior não cita nomes, mas o período em que Alisson passou a trabalhar de forma distinta coincide com a chegada de Vanderlei Luxemburgo à Toca da Raposa II. Desde que o treinador assumiu a equipe ao lado do preparador físico Antonio de Mello, o atleta foi tratado de forma distinta em relação à passagem de Marcelo Oliveira e Juvenilson de Souza, atualmente no Palmeiras.
Mano Menezes, substituto de Luxa, repete o trabalho de seu antecessor em relação a Alisson e colhe frutos, uma vez que o meia-atacante tornou-se peça fundamental na forma de jogar do time. O que exemplifica a atenção do técnico com o jogador é o duelo contra o Flamengo, no Rio de Janeiro, há uma semana. Após servir a seleção brasileira sub-23 na França, ele retornou ao país para defender o Cruzeiro no Maracanã, mas não foi utilizado por conta do desgaste na viagem da Europa à América do Sul.
O médico do clube mineiro demonstra contentamento com a sequência de jogos engatada por Alisson sem lesões – ele alcançará o 11º neste domingo, diante da Chapecoense – e por conta do entrosamento com as novas comissões técnicas do atual bicampeão brasileiro.
“Para gente, é muito gratificante, porque é o que a gente busca: o sucesso do atleta e principalmente não tratar da lesão, mas ajudar a prevenir. É uma grande dificuldade que temos no esporte profissional. O limite está muito próximo e, no dia a dia, pode acontecer qualquer tipo de lesão. É muito gratificante com certeza”, concluiu.
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