Técnico questiona ajuda externa e reclama: "E se fosse para Chapecoense?"

Após a goleada da Chapecoense de 5 a 1 contra o Palmeiras, neste domingo (4), pela 29ª rodada do Brasileirão, o técnico Guto Ferreira falou sobre a polêmica expulsão de Egídio - que recebeu cartão vermelho, foi para os vestiário da Arena Condá, mas depois foi chamado de volta ao gramado.

Guto questionou a intervenção externa no lance e ainda pediu igualdade no tratamento dos clubes pela arbitragem.

"No momento da tensão ali, você fica revoltado porque não está acostumado, mas tem que dar credibilidade, se realmente não foi pênalti, que bom seria se tudo fosse dessa maneira, e não é. O futebol brasileiro não é dessa maneira. A gente faz a crítica porque não é igual pra todo mundo, será que se fosse a favor da Chapecoense teria voltado atrás, é a pergunta que eu faço", afirmou Guto, em entrevista à ESPN BR.

"Se houvesse a questão da parte eletrônica, pra se conferir, mas não ocorreu. Alguém falou, interferiu de forma direta. E ele voltou com convicção. Nós [técnicos] não podemos trabalhar com rádio dentro porque as imagens podem nos favorecer, mas tá favorecendo a arbitragem, para ele chegar com aquela convicção, alguma coisa aconteceu", continuou Guto.

"Sou a favor [de voltar atrás], não sou contra, desde que seja pra todo mundo igual", finalizou o técnico da Chapecoense.

O lance polêmico aconteceu ainda no início do jogo. Willian Barbio foi lançado na cara do gol e Egidio deu carrinho por trás. O juiz deu falta do lateral esquerdo e puxou o cartão vermelho do bolso.

Expulso, Egídio foi para os vestiários conforme manda a regra. Poucos minutos depois, porém, o árbitro foi avisado que o lateral havia acertado a bola no desarme a Willian Barbio. E voltou atrás na expulsão, mandando buscar o jogador nos vestiários, para revolta geral da torcida na Arena Condá.