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O que impediu o Cruzeiro de receber R$ 6,5 milhões por Leandro Damiao

Leandro Damião poderia render R$ 6,5 milhões aos cofres do atual bicampeão brasileiro - Getty Images
Leandro Damião poderia render R$ 6,5 milhões aos cofres do atual bicampeão brasileiro Imagem: Getty Images

Do UOL, em Belo Horizonte

06/10/2015 18h02

O início de temporada de Leandro Damião, com 13 gols em 22 partidas pelo Cruzeiro, fez com que os profissionais do clube apostassem suas fichas no jogador. Entretanto, desde a demissão de Marcelo Oliveira e chegada de Vanderlei Luxemburgo, o atleta sofreu queda acentuada de rendimento, o que pode acarretar em lamentação da diretoria por não engordar as contas da agremiação em 1,5 milhão de euros (R$ 6,5 milhões na cotação atual), mesmo que o seu contrato seja por empréstimo.

Conforme divulgado à época pelo próprio UOL Esporte, o Olympique de Marseille ofereceu 15 milhões (R$ 65 milhões) para contratá-lo. O documento com a proposta enviada ao Santos, detentor de seus direitos, foi divulgado pelo Football Leaks, um site português que tem revelado bastidores do esporte em terras europeias, na semana passada.

O imbróglio judicial do atacante com o clube da Vila Belmiro, entretanto, impossibilitou o acerto entre as partes. Os advogados do camisa 9 pleiteiam o fim do vínculo de forma unilateral por conta de dívidas acumuladas na temporada passada. Entre os débitos estão salários e direitos de imagem do atleta.

O Cruzeiro teria direito a 10% do valor total da transação como “taxa de vitrine”, conforme estipulado no contrato firmado em 29 de dezembro do ano passado. O atual bicampeão brasileiro, portanto, receberia em suas contas R$ 6,5 milhões. O valor possibilitaria um lucro de R$ 3,3 milhões para os mineiros, uma vez que a oferta foi apresentada em agosto e à época o clube gastou R$ 3,2 milhões com salários do atleta, que recebe R$ 400 mil mensais apenas do time celeste.

O documento divulgado pelo Football Leaks informa ainda que o Olympique de Marseille voltará a carga pelo camisa 9 em janeiro de 2016, quando abrirá uma nova janela de transferências. Caso a transação ocorra no período, os mineiros ainda podem assegurar o montante referente à “taxa de vitrine”.

A oferta dos franceses por Leandro Damião continha a seguinte condição: pagamento dividido em três vezes, com parcelas idênticas de 5 milhões de euros (cerca de R$ 22 milhões) que seriam depositadas anualmente na conta do Santos. A proposta foi assinada por Philippe Perez, CEO da agremiação europeia.