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O que Mano fez para a melhora de atacante do Cruzeiro em sete jogos

Do UOL, em Belo Horizonte

07/10/2015 06h00

Bastou Mano Menezes alterar a forma de Willian jogar que o atleta desencantou e assumiu a condição de protagonista da equipe. Em sete jogos sob a batuta do treinador, ele marcou sete gols. A média de uma bola na rede por partida é impressionante e faz com que evidencie o quanto o atacante está confortável com a nova função. Mas o que mudou para que o camisa 25 renda tanto pelo Cruzeiro?

A resposta é simples: o posicionamento do Bigode, como é conhecido, é completamente diferente do anterior. Desde que chegou à Toca da Raposa II, em julho de 2013, ele tinha a incumbência de atuar pelos lados do campo, sobretudo o esquerdo, já que o craque Éverton Ribeiro é quem ocupava o flanco direito, Ricardo Goulart jogava centralizado e Vinícius Araújo desempenhava a função de centroavante.

No ano seguinte, o papel no time seguiu o mesmo e os parceiros de meio de campo também. A única alteração ocorreu no ataque. Com a venda de Vinícius Araújo para o Valencia, da Espanha, o boliviano Marcelo Moreno tornou-se a referência.

No início de 2015, o cenário permaneceu intacto, apesar das trocas de todos os seus companheiros de setor ofensivo. Willian, no entanto, deixou de render, uma vez que teve a incumbência de assumir o protagonismo da equipe. A queda de rendimento do bom coadjuvante em temporadas anteriores foi brusca e ele amargou um jejum bem longo: mais de quatro meses sem balançar as redes.

A chegada de Mano Menezes à Toca da Raposa II simbolizou um divisor de águas na temporada de Willian. Antes da contratação do técnico, ele disputou 31 partidas e balançou as redes adversárias em duas oportunidades. A partir de sua estreia no banco de reservas, foram sete duelos e sete gols do atacante.

Atuando como um “falso 9”, posição que ficou marcada pelos times comandados por Pep Guardiola, sobretudo pelo posicionamento de Lionel Messi, o jogador passou a render mais. Na nova função, a exigência de marcação é menor do que pelo lado do campo. A liberdade no sistema ofensivo também sofreu um incremento.

“Com o Deivid, já melhorou muito (o posicionamento), fico mais próximo do gol, não tenho que voltar tanto, indo até o fundo com o lateral. Mas é claro que ajudo também na marcação. E a chegada do Mano deu a sequência, me deu essa liberdade para jogar. Fico feliz pelos gols e desempenho dentro de campo”, declarou.