Campeão de cartões no Brasileirão, volante vê arbitragem injusta nos jogos

Excetuando os jogadores lesionados, o volante Willians é quem mais desfalcou o Cruzeiro neste Brasileiro. Por conta de cartões amarelos e vermelhos, ninguém teve que ficar tantas vezes de fora neste campeonato. Dos atuais 21 jogos, o volante recebeu pelo menos um cartão em mais da metade e ficou suspenso por quatro vezes, o que o transforma no atleta mais indisciplinado do torneio. Justo? Não para o próprio Willians.

“Não sou violento. A maioria dos cartões que recebi foi de forma injusta. Tomei um vermelho sentado no banco, algo que nunca havia tomado antes. O outro também foi injusto. Levei uma porrada na boca e fui expulso”, comentou.

A primeira expulsão de Willians ocorreu na partida contra o Figueirense, pela quarta rodada. Do banco de reservas, o jogador falou algo que não agradou a arbitragem. Como já tinha o amarelo antes de ser substituído, foi para o chuveiro mais cedo. Na súmula, Elmo Alves Resende Cunha relatou que o jogador, dentre outras reclamações, ofendeu a arbitragem. “Vocês são todos ladrões, filhos da p... essa federação de m..., tem que apanhar”. Já o segundo vermelho aconteceu no returno contra a Chapecoense, deixando o campo cerca de 20 minutos antes do apito final. Na ocasião, o juiz anotou uma falta no meio-campo e deu o segundo amarelo ao jogador.

“No futebol brasileiro, não se pode falar com o árbitro. Os juízes deveriam ter um pouco mais de compreensão para o futebol brasileiro ficar mais bonito. Contra a Chapecoense, fui expulso injustamente. Quando erram, os juízes não são punidos, mas nós jogadores sim, mesmo quando não fazemos faltas”, acrescentou.

Com 12 cartões amarelos, Willians é o líder no quesito. No Cruzeiro, Fabrício aparece na segundo colocação, com oito amarelos, enquanto Leandro Silva, do Figueirense, é quem mais se aproxima do volante celeste no Brasileirão, com onze cartões. Entre os expulsos, Willians, com dois vermelhos, só fica atrás de Rafael Silva, do Vasco, com três.

“Eu chego muito forte, mas não para machucar. Sou ladrão de bola, então é muito difícil eu bater em alguém. Hoje estou mais apanhando que batendo. Não posso falar se há perseguição dos árbitros, eles é quem deveriam dizer”.