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Quando ainda estava na Ponte, atacante já cantava hino do Atlético no Horto

Relação de amor com o Atlético começou bem antes do jogador assinar com o clube, em 2013 - Bruno Cantini/Atlético-MG
Relação de amor com o Atlético começou bem antes do jogador assinar com o clube, em 2013 Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

24/10/2015 06h00

Em 2012, o atacante Luan ainda nem estava no Atlético-MG, mas precisou de poucos minutos em sua futura casa para se converter ao ‘atleticanismo’. Atuando pela Ponte Preta, adversário deste domingo, o jogador foi com a delegação campineira para Belo Horizonte na primeira rodada do returno do Brasileirão. O duelo seria no temido Horto, campo onde o time de Cuca recebia suas visitas e, na maioria das vezes, vencia com todos os méritos. Naquela vez foi diferente. Porém, a igualdade por 2 a 2 não foi tão marcante para Luan, que ficou encantado mesmo com o time e a torcida rival.

A empolgação do “menino maluquinho”, como é apelidado pelos torcedores, começou no banco de reservas. Suplente de Gilson Kleina, Luan permitiu-se tirar o foco do jogo para ouvir e cantar o hino do Atlético. Na ocasião, a atitude inusitada do torcedor/atacante rendeu broncas dos companheiros, mas que assim como ele, mal sabiam que o destino do jogador seria mesmo a equipe de Belo Horizonte.

“Lembro-me que estava cantando o hino do Galo (no banco). E dois, três meses depois, eu estava assinando com o clube, onde fiz história. No domingo, tenho certeza que vamos dar a volta por cima dessa derrota lamentável sofrida diante do Sport”, comentou o atacante, já citando o futuro duelo contra seu ex-clube.

Há três anos, o cenário era mais ou menos parecido com o atual. Com um time de encher os olhos, o Atlético disputou o título brasileiro, mas tropeçou em jogos como este, contra a Ponte Preta, para perder pontos preciosos e ficar com o vice-campeonato. “Naquele ano, o time não fez o que tinha que fazer, não só contra a Ponte. Estava torcendo para o Atlético-MG, é lógico que não ia torcer para o Fluminense. Os jogadores que estavam aqui, Ronaldinho, Bernard e Jô, viviam grande fase. Não foi campeão por causa só da Ponte, mas por causa de outros tropeços e por coisas extracampo”, acrescentou.

Por isso, o duelo deste domingo, novamente contra a Ponte e no Independência, serve de alerta para que a equipe não tropece de novo. Ainda sonhando com o título, Luan e companhia não podem dar margem para o erro e o dever de casa terá que ser feito obrigatoriamente para manter as chances reais de alcançar o líder Corinthians nos próximos dois meses.

“A gente vem de um resultado negativo e só nos interessa a vitória, não importa o adversário. Estamos jogando em casa, diante do nosso torcedor e temos que dar uma resposta o mais rápido. A Ponte é uma equipe cascuda, um pouco chata, mas temos tudo para vencer e dar essa resposta ao torcedor”, finalizou.