Topo

Zagueiro é tratado como joia no Cruzeiro e já esteve até na mira de alemães

Bruno Viana é tratado como uma joia na Toca da Raposa II - Divulgação/Cruzeiro
Bruno Viana é tratado como uma joia na Toca da Raposa II Imagem: Divulgação/Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

18/11/2015 06h00

O Cruzeiro tem uma verdadeira joia em suas mãos. Este pelo menos é o pensamento de diretoria e membros da comissão técnica que são encarregados de promover jogadores das categorias de base. Bruno Viana deixou as divisões inferiores do clube para integrar a equipe comandada por Mano Menezes e, desde então, só tem recebido elogios.

A própria trajetória do atleta prova que ele é uma verdadeira promessa do futebol nacional. O seu empresário é o gaúcho Jorge Machado, conhecido por trabalhar com talentos precoces. O caso mais recente foi o desenvolvimento do garoto Gerson, que deixará o Fluminense para defender a Roma. Por mais que agente e meio-campista tenham rompido, ele foi uma das apostas do representante.

Com passagem por diversas categorias da seleção brasileira de base, Bruno Viana contou com uma proposta do Hoffenheim, da Alemanha, em março deste ano. À época, o clube europeu pretendia desembolsar 1 milhão de euros (o que equivale a R$ 4,1 milhões na cotação atual) para contar com o atleta. Entretanto, o Cruzeiro, detentor de 50% dos direitos econômicos, rechaçou a oferta.

Contratado em agosto de 2010 para as divisões inferiores do clube mineiro, o atleta natural de Macaé conta com o aval de Raul Plassmann. O ex-goleiro foi coordenador técnico das categorias de base do Cruzeiro e, hoje, atua como auxiliar técnico da comissão permanente da Toca da Raposa II. A sua incumbência é justamente analisar os atletas que estão preparados para a promoção.

“É um zagueiro muito técnico. É um zagueiro que não dá pancada, não bate em ninguém, é um jogador que tem muito recurso, um jogador bem diferenciado da grande maioria. É um menino ainda, está começando. Tem essa oportunidade no Cruzeiro, embora a posição tenha vários nomes”, disse ao UOL Esporte.

“Tem o Campeonato Mineiro agora e quem sabe o Mano não pode dar uma chance. Quem tem competência se estabelece. Ele pode se dar muito bem, porque tem recurso. Ele sabe jogar, é um zagueiro técnico, passa muito bem a bola e tem boa colocação”, acrescentou, pedindo uma oportunidade ao atleta no time profissional durante a disputa do Campeonato Mineiro.

A sua chegada ao time principal ocorreu por outros motivos, além de seu talento já exaltado pela comissão técnica. A justificativa mais evidente é a necessidade de aprimorar o seu futebol, fazendo com que ele esteja totalmente preparado para atuar ao lado dos profissionais.

“Aí tem várias outras colocações. Na base temos o Fabrício e o Murilo Cerqueira, são três zagueiros. Então, a subida dele se deve ao fato de ele ter condições de subir e o objetivo é dar a ele uma maturidade maior treinando com profissionais e ao mesmo tempo abrir uma vaga lá embaixo para que não se perca outro zagueiro. Como o Bruno está semi-pronto fica muito bom subir para dar uma lapidada lá em cima. Eles são um ano mais novo que o Bruno. Então essa é a razão”, concluiu.

O trabalho feito pelo clube com Bruno Viana é semelhante ao realizado com Wallace, negociado, em julho do ano passado, junto ao Braga, de Portugal, por 9,5 milhões de euros (R$ 28,8 milhões à época). O atleta, que hoje defende o Monaco, teve pouquíssimas oportunidades de defender o elenco profissional do Cruzeiro, mas o seu trabalho de aprimoramento da técnica é tido como fundamental para a sua negociação naquele período.