Quase na Libertadores, Grêmio relaxa. Nem vice ou R$ 2 milhões motivam
O Grêmio esperava que a vice-liderança do Brasileiro motivasse o elenco. Aumentou a premiação caso o time passasse o Atlético-MG e repassaria parte do dinheiro pago pela CBF, cuja diferença entre vice e terceiro lugar é de R$ 2 milhões, para os atletas. Mas não adiantou. A vaga simples na Libertadores pesou mais para os jogadores. Por isso, a oscilação nos últimos jogos acabou acontecendo. E mesmo que o lugar na competição continental ainda não esteja confirmada matematicamente, é matematicamente improvável perdê-lo.
O que tranquiliza o ambiente gremista é o saldo de gols. São seis pontos de diferença para Internacional e São Paulo, com exatos seis pontos ainda em disputa. Duas vitórias (primeiro critério de desempate) a mais que os dois concorrentes, que poderiam também ser igualadas até o fim do campeonato. Mas uma ampla vantagem de saldo. São 13 gols em relação ao São Paulo e 18 sobre o Internacional.
Ou seja, para o Grêmio perder a vaga na próxima Libertadores, seria necessário ser derrotado por mais de quatro gols de vantagem para Atlético-MG e Joinville, além do São Paulo vencer Figueirense e Goiás por mais de um gol de diferença e o Internacional superar Fluminense e Cruzeiro fazendo quatro de diferença em um e ao menos três em outro, por exemplo.
A combinação maluca de goleadas é algo que jamais aconteceu neste Brasileiro. O Grêmio, por exemplo, não perdeu por mais de dois gols nenhuma vez. Já o Inter, que precisaria fazer quatro gols de vantagem ao menos em um dos jogos, só fez mais que isso uma vez no campeonato, diante do Vasco.
Mas a expectativa de luta pelo vice-campeonato e tornou complicada. Se o Grêmio empatar com o Atlético-MG, já terá definido seu terceiro lugar no Brasileirão. "A motivação pelo vice-campeonato é basicamente financeira. Até porque para Libertadores ser segundo ou terceiro vale a mesma coisa", disse o volante Ramiro na semana passada.
O elenco não encarou com tanto empenho a briga pelo segundo lugar. Tanto que a direção alertou para um 'relaxamento inconsciente' no último jogo. E se já havia alguma tranquilidade, ela só cresceu após a derrota para o Inter. Sem possibilidade real de mudança de posição, o Tricolor já planeja o próximo ano.
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