Topo

Com a 10 do Cruzeiro, uruguaio se inspira em ídolo argentino para brilhar

De Arrascaeta comemora após marcar para o Cruzeiro, em partida contra o Goiás, no dia 25 de outubro - Adalberto Marques/AGIF
De Arrascaeta comemora após marcar para o Cruzeiro, em partida contra o Goiás, no dia 25 de outubro Imagem: Adalberto Marques/AGIF

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

25/11/2015 06h00

Quantas e quantas vezes os clubes brasileiros não tentaram a contratação de Juan Román Riquelme, ídolo do Boca Juniors, e destaque de inúmeras edições de Copa Libertadores? Mas o argentino sempre frustrou os planos das agremiações nacionais e nunca se mudou para o país. Um de seus admiradores, no entanto, tem feito sucesso em terras tupiniquins.

Giorgian De Arrascaeta, de 21 anos, é uruguaio, mas o seu maior ídolo no futebol não é Diego Forlán, Luis Suárez, Álvaro Recoba ou outro atleta que fez sucesso com a camisa da Celeste. Pelo contrário. O jogador que mais encanta ao jovem é de uma nação considerada rival, pelo menos no âmbito esportivo.

Com a camisa 10 do Cruzeiro, o garoto voltou a fazer boas apresentações após a chegada de Mano Menezes à Toca da Raposa II. Deslocado para a ponta direita pelo técnico gaúcho, o principal investimento do clube na temporada – custou 4 milhões de euros (R$ 12 milhões à época) – não esconde que a sua principal referência no esporte é o eterno ídolo em La Bombonera.

“O Riquelme é meu ídolo (no futebol), porque é um jogador que vi jogar e sempre admirei. Creio que nossas características são parecidas em alguns momentos do jogo. Eu o via jogando no Boca Juniors e na Espanha. Ele sempre servia seus companheiros. Gosto muito do futebol dele. Queria ter a qualidade dele”, disse ao UOL Esporte.

Por mais que a sua inspiração seja Juan Román Riquelme, argentino que ficou conhecido pela facilidade para deixar os companheiros na cara do gol, Giorgian De Arrascaeta tem gostado realmente é de fazer gols. O uruguaio balançou as redes adversárias duas vezes nos últimos seis jogos disputados sob a batuta do atual técnico, período em que ele assumiu a condição de titular. O número é idêntico ao obtido pelo meia-atacante quando atuou com Marcelo Oliveira e Vanderlei Luxemburgo.

Embora não tenha alcançado o auge com os comandantes anteriores, Arrascaeta foi submetido uma série de exercícios no período em que Luxa esteve em Belo Horizonte. A intenção era colocá-lo no mesmo patamar físico dos companheiros, o que funcionou perfeitamente. E o atleta analisa a situação:

“Todos os trabalhos que ele implantou contribuem para o meu desenvolvimento. Pode ser fisicamente, mentalmente, animicamente... Estou me preparando sempre da melhor forma para que eu possa ajudar o Cruzeiro no momento em que o treinador quiser me colocar em campo. A intenção é que eu fique bem individualmente para render com o coletivo”, concluiu.