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Cruzeiro não garante Mano em 2016, mas vê sequência como fator crucial

Do UOL, em Belo Horizonte

30/11/2015 06h00

A saída de Mano Menezes para o futebol chinês, mais especificamente para o Shandong Luneng, é avaliada com cautela pela cúpula do Cruzeiro. O diretor de futebol Thiago Scuro toma cuidado ao falar sobre o caso. Neste domingo, após a goleada sobre o Joinville, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, o dirigente se reuniu com a imprensa e não ratificou a sequência do técnico em 2016.

Questionado sobre a possibilidade de ida do treinador gaúcho para a Ásia, Scuro foi cauteloso, mas tratou o assunto como “especulação”, forma a qual o próprio comandante se referiu sobre o caso na sexta-feira passada.

“O Cruzeiro não foi procurado em momento nenhum sobre a situação do Mano. Temos plena consciência de que o trabalho dele num clube como o Cruzeiro acaba gerando um assédio, uma especulação”, afirmou.

“Estamos com a posição que o Mano deu para vocês (jornalistas), de que ele não foi procurado (por nenhum outro clube). O planejamento do Cruzeiro para o ano que vem está sendo traçado, e a gente espera que o Mano Menezes continue, pois é peça importante deste plano para o ano que vem”, acrescentou.

O que pode fazer com que o Cruzeiro fique (um pouco) tranquilo em relação à continuidade do trabalho do técnico é o valor de sua multa rescisória. Para que Mano Menezes deixe a Toca da Raposa II rumo ao exterior, é necessário desembolsar R$ 7 milhões, o que pode afastar os interessados.

Entretanto, os valores gastos pelos chineses recentemente mostram que este montante não seria um grande empecilho. Para se ter ideia, Cuca, técnico do Shandong Luneng até aqui, deixou o Atlético-MG para receber cerca de R$ 1 milhão por mês no país.

Na última sexta-feira, o UOL Esporte entrou em contato com Carlos Leite, responsável por gerir a carreira de Mano Menezes. O empresário garantiu que não foi procurado por chineses para tratar a saída do comandante.

“Eu já recebi umas duas, três ligações para falar sobre isso hoje (sexta-feira). Não estou sendo grosso. Não há (uma proposta dos chineses para levar o Mano), mas você acha que eu iria lhe falar se tivesse? Faz parte do negócio. Não tem nada, mas eu não falaria”, disse em contato telefônico.