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Jogadores do Atlético-MG revelam abatimento com a saída de Diego Aguirre

Diego Aguirre deixou o Atlético-MG com uma boa relação com os jogadores - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Diego Aguirre deixou o Atlético-MG com uma boa relação com os jogadores Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

20/05/2016 15h25

Se para a torcida a demissão de Diego Aguirre era uma coisa lógica após a eliminação na Copa Libertadores, para os jogadores do Atlético-MG a saída do treinador causou certa surpresa e muito abatimento. Pelo menos foi o discurso adotado pelos atletas no primeiro dia sem a presença do uruguaio na Cidade do Galo.

“Todos ficaram abatidos, ninguém esperava isso. Aguirre era um dos melhores técnicos do Brasileiro. Fiquei triste eu grupo também. Foi o treinador que deu oportunidade e confiança. Machuquei e voltei e ele me deu chance. Ficamos muito tristes”, comentou o atacante Carlos, que recuperou espaço na equipe após ser preterido por Levir Culpi nas rodadas finais do Brasileirão do ano passado.

Entre todos os jogadores do elenco atleticano, somente o goleiro Lauro não recebeu uma chance com Aguirre. Os demais estiveram em campo em duas ou três oportunidades, casos de Carlos Eduardo, Capixaba e Gabriel, os que menos jogaram.

“É uma dor grande, porque Aguirre é um cara que se dava com todos e era um pai para nós. Tinha um coração grande. Por mais que seja pouco tempo, fica o sentimento de tristeza. Não sabíamos que ele ia embora, e ele não deixou que percebêssemos. Ficamos surpresos e era tudo normal. Mas é um cara do bem, que merece todo o respeito do grupo”, completou o volante Rafael Carioca, que disputou 23 partidas sob o comando de Aguirre. E foi, ao lado de Douglas Santos e Lucas Pratto, o jogador mais utilizado pelo treinador.

Mas Aguirre ficou no passado. Agora é pensar em qual treinador pode assumir o Atlético. Marcelo Oliveira segue como o mais cotado, mas Rafael Carioca preferiu não revelar qual treinador seria o escolhido por ele.

“É difícil opinar. Tem treinadores novos, como o Fernando Diniz, que já vem fazendo bom trabalho no Audax. É o Estadual mais difícil e ele quase conseguiu ser campeão. Há outros mais experientes que não são competentes. O presidente vai procurar um perfil que se identifique com o Atlético e acostumados a pressões, porque viemos de eliminações e temos o Brasileiro pela frente”, disse o volante do Atlético, que torce apenas que o profissional tenha um perfil adequado ao clube.

“Quem vier tem que ser um cara com perfil vencedor, com grupo pronto na mão e time qualidade. Que venha para nós ajudar, ele terá respeito do grupo”.