Duas estatísticas e um volante. O alicerce da atual fase do Inter

O cérebro de um time de futebol, diversas vezes, é localizado de forma ingênua pelo número às costas: 10. Ou então, pelo posicionamento no campo. No Internacional é preciso uma análise mais profunda. Ao mirar assim, Fernando Bob se revela como o alicerce da equipe.

Ex-Fluminense e Ponte Preta, o volante assumiu papel de referência e importante papel tático desde janeiro. A condição se confirma neste início de Campeonato Brasileiro.

De acordo com o site especializado Who Scored, Fernando Bob é o melhor jogador do Brasileirão no quesito desarme. E nono no ranking de interceptações.

Os dados fazem sentido quando colocados ao lado de outros números, aí do Inter como um todo.

O time de Argel, em quatro partidas, foi aquele que mais conseguiu interceptações: média de 21,5 por partida. E também lidera a lista de efetividade nos desarmes: 25,5 por jogo.

As ações de Fernando Bob valem muito dentro de uma estratégia clara de jogo. O modelo de atuação do Internacional sob a tutela de Argel é de ser reativo. De esperar pelo adversário e aproveitar as falhas, as brechas, para ser vertical ao extremo.

“Eu e o Fabinho pegamos muito rebote, a bola já chega mastigada. A marcação sendo feita lá na frente nos ajuda muito”, disse Bob. “Nosso time entra bem ligado em todo jogo. Nosso time dificilmente perde dividida, por exemplo. Nosso time se fecha muito rápido, o pessoal da frente volta e ajuda. Conseguimos sair com velocidade depois”, completou.

Contra o Atlético-PR, nesta quarta-feira (01), o Internacional joga para dormir na liderança. Empatado com o Grêmio no número de pontos, o Colorado perde no saldo de gols. Se vencer, chega a 13 pontos e passa a olhar para o duelo do rival com o Palmeiras. Desarmes, interceptações e um volante valem cada vez mais no Beira-Rio.