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Cruzeiro teve uma finalização certa no Mineirão. Bento tenta se explicar

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

05/06/2016 21h22

O Cruzeiro atacou, atacou, mas não conseguiu marcar sequer um gol na partida contra o São Paulo, fechando a sexta rodada do Brasileirão. O resultado do baixo oportunismo celeste veio com a derrota por 1 a 0 e a estrondosa vaia do torcedor no Mineirão. De quebra, o clube caiu ainda mais e agora é o 18º colocado, novamente na zona do rebaixamento, pela quarta vez no campeonato.

Em sua coletiva de imprensa após o jogo, o técnico Paulo Bento resumiu que a equipe não foi minimamente eficaz dentro de campo e sofreu com a pouca capacidade do setor criativo do time.

"Tivemos algumas dificuldades na tomada de decisão dos últimos metros. Recuperamos bem a bola, tivemos dificuldade para explorar os corredores, mas tivemos incapacidade para tomar boas decisões. Creio que este foi o jogo que criamos menos oportunidades até agora, especialmente no segundo tempo. Na primeira parte, ainda tivemos algumas chances, logo aos dez minutos, mas creio que depois disso não criamos tantas oportunidades. Não fomos muito eficazes", comentou o treinador, citando o gol perdido por Willian, ainda no início da partida. O atacante recebeu de frente para o gol, mas finalizou para fora da meta.

Nos números, o clube teve mais posse de bola que o adversário (53% contra 47%), errou menos passes e finalizou por mais vezes. Mas o divisor de águas mesmo foi a falta de repertório para criar situações de gol e finalizar com qualidade. Das 12 finalizações dos anfitriões, oito foram para fora, três acabaram bloqueadas e somente uma, já no final do jogo, exigiu uma intervenção do goleiro Denis. No São Paulo, apenas dois dos 10 chutes foram ao gol. Um deles entrou e acabou dando a vitória ao Tricolor.

Em campo, Arrascaeta e Robinho era algumas das referências do time na hora de organizar as jogadas. Na prática, a dupla teve atuação discreta, assim como o restante do setor ofensivo, ora bloqueados pela marcação paulista, ora pelo leque pouco diversificado de jogadas para colocar os companheiros em condições reais de gol.