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Grêmio empata com a Chapecoense em 3 a 3 e perde chance de ser líder

Grêmio encara a Chapecoense na Arena Condá - Lucas Uebel/Grêmio - Lucas Uebel/Grêmio
Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Do UOL, em Porto Alegre

15/06/2016 21h23

O Grêmio começou na frente, levou virada, mas acabou empatando com a Chapecoense em 3 a 3 nesta quarta-feira (15) pela oitava rodada do Brasileirão. O resultado tirou do time de Porto Alegre a chance de ser líder ao fim da rodada. 

Com 15 pontos, o Tricolor iguala o Palmeiras em pontos na vice-liderança do Brasileirão. Um ponto a menos que o líder Internacional. O time gaúcho fica em terceiro por conta do número de vitórias. Já a Chapecoense chega aos 11 pontos em posição intermediária. 
 
Pedro Geromel abriu o marcador aos 3 minutos, em seguida, aos 18, Willian Thiego empatou. Bruno Rangel virou de pênalti para a Chapecoense. Jaílson empatou ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, Thiego fez mais um para Chape e Giuliano deu números finais ao confronto. Na próxima rodada os gaúchos encaram o Cruzeiro, domingo, em Porto Alegre. Já a Chape pega o Vitória, em Salvador, também no domingo. 

Quem foi bem: Douglas, o pifador

O camisa 10 gremista foi responsável pelas duas assistências do time no primeiro tempo. Não é muito dado ao comprometimento defensivo, de fato, mas ajudou enquanto teve pernas. No ataque foi o responsável por pensar a jogada e impedir que o ímpeto dos colegas tirasse a cadência do time. 

Quem foi mal: Lucas Mineiro improvisado não deu certo

As ausências de Dener e Alan Rushel, ambos lesionados, foram sentidas pela Chapecoense. O volante Lucas Mineiro precisou ser improvisado na lateral esquerda e deixou muito espaço. Tanto que às suas costas nasceu o segundo gol do Grêmio. Foi sacado no intervalo pelo técnico Guto Ferreira. 
 

Herói ou vilão? Volante do Grêmio faz gol e pênalti

 

Jaílson já havia jogado no time reserva durante o Gauchão e entrado em meio aos titulares em outra oportunidade do Estadual. Mas nesta quarta recebeu a primeira chance em um jogo de âmbito nacional. Mostrou muita vontade. Dividiu a bola, abusou da força às vezes e pecou pela afobação. Desperdiçou lances promissores ao tentar concluir de fora da área ou esticar a bola desnecessariamente. E aos 25 do primeiro tempo, talvez a experiência fez ainda mais falta. Cometeu pênalti em Silvinho que significou a virada da Chape. Mas aos 42 minutos do primeiro tempo se redimiu ao marcar o gol de empate da partida.

Atuação do Grêmio: Pressão no ataque, problema conhecido na zaga

O Grêmio tentou marcar pressão. Com ataque móvel formado por Everton, Luan e Giuliano, além da aproximação de Douglas, o time gaúcho tratou de pressionar a defesa da Chapecoense que, assustada, abusou da ligação direta. Deu certo, e várias retomadas de bola ocorreram na intermediária rival. No entanto a defesa apresentou falhas graves na bola aérea e todo cruzamento na área virou um filme de terror para o goleiro Marcelo Grohe. Tanto que levou um gol desta forma. 
 

Atuação da Chapecoense: Muito esforço e pouca inspiração

A Chapecoense mostrou-se um time esforçado ao extremo. Brigou por cada palmo de campo. Mas ao mesmo tempo que a força pautou cada atitude do time verde e branco, faltou qualidade. Muitos erros de passe dificultaram a criação, que foi quase nula. Apenas em lances de bola parada ou esporádicas jogadas individuais de Silvinho é que a equipe de Santa Catarina assustou de alguma forma. A defesa mostrou-se falha principalmente na cobertura dos laterais e por estas lacunas acabou vazando. 
 

Um passo para frente, outro para trás: Roger age com cautela

Roger Machado agia com cautela até o final do jogo. Mas percebendo o momento do Grêmio, tratou de colocar o time para o ataque tirando o volante Jaílson e colocando o centroavante Bobô. Giuliano virou marcador no meio-campo, mas não significou alteração real na partida. Tanto que minutos depois sacou Giuliano e colocou outro volante, Kaio. 
 

Guto Ferreira corrigiu vazamento da zaga

O técnico da Chapecoense percebeu que a fragilidade de sua defesa era pelo lado esquerdo. O volante Lucas Mineiro, improvisado, prejudicou todo o sistema. Corrigiu no intervalo e evitou o pior. 

Para fazer gols, caminho é o mesmo

O Grêmio abriu o marcador logo aos 3 minutos de jogo. O Tricolor aproveitou-se de um erro repetido pela Chape durante todo o Brasileirão. Foi o oitavo gol sofrido em cruzamento. Luan bateu escanteio, Douglas colocou para o meio e Geromel marcou. Mas se os catarinenses sofrem neste tipo de jogada, os gaúchos pagam na mesma moeda. Dos 39 gols sofridos pelo Grêmio na temporada, 20 nasceram de bola aérea. E assim Willian Thiego marcou duas vezes. 
 

Primeiro gol sofrido por Grohe no Brasileiro

Marcelo Grohe não sofria um gols desde o dia 5 de maio. Mais de um mês de invencibilidade desde a queda na Libertadores para o Rosario Central foram rompidas aos 18 minutos do primeiro tempo do jogo da oitava rodada. Como esteve fora nos jogos contra o Palmeiras e Fluminense, servindo à seleção brasileira, foi o primeiro gol que o camisa 1 sofreu no Campeonato Brasileiro.
 
FICHA TÉCNICA
CHAPECOENSE 3 X 3 GRÊMIO
Data: 15/06/2016 (quarta-feira)
Local: Arena Condá, em Chapecó (SC)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira
Auxiliares: Danilo Ricardo Simon Manis e Alex Ang Ribeiro
Cartões amarelos:  Lucas Gomes (CHA), Marcelo (CHA); Jaílson (GRE), Edílson (GRE);
Gols: Pedro Geromel, do Grêmio, aos 3 minutos do primeiro tempo; Willian Thiego, da Chapecoense, aos 18 minutos do primeiro tempo; Bruno Rangel, da Chapecoense, aos 25 minutos do primeiro tempo; Jaílson, do Grêmio, aos 42 minutos do primeiro tempo; Willian Thiego, da Chapecoense, aos 32 minutos do segundo tempo; Giuliano, do Grêmio, aos 37 do segundo tempo;
 
CHAPECOENSE
Danilo; Gimenez, Marcelo, Thiego e Lucas Mineiro (Sérgio Manoel); Josimar, Cleber Santana e Hyoran (Arthur Maia); Silvinho, Lucas Gomes  e Bruno Rangel (Moisés).
Técnico: Guto Ferreira 
 
GRÊMIO
Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Wallace e Marcelo Hermes; Jaílson (Bobô), Walace, Giuliano (Kaio), Douglas e Everton (Negueba); Luan. 
Técnico: Roger Machado