Topo

Vila vira "teste" no Santos x Chape para não perder espaço para Pacaembu

Reprodução
Imagem: Reprodução

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

03/07/2016 06h00

Voltar a vencer no Campeonato Brasileiro é só o primeiro dos testes para o Santos que enfrenta neste domingo a Chapecoense, às 16h (de Brasília), na Vila Belmiro, pela 13ª rodada da competição nacional. Fora de campo, o próprio palco do jogo também passará por avaliação.

A boa presença de público pode ser fundamental para os planos futuros do clube. Internamente, diretoria e a comissão técnica do clube veem a partida como uma espécie de termômetro para seguir jogando em sua casa.

A corrente nos bastidores que pede por mais jogos em São Paulo reascendeu após as vitórias convincentes com bons públicos contra o Botafogo e no clássico contra o São Paulo, pelas 6ª e 11ª rodadas, respectivamente. Os números, de fato, colaboram.

No estádio, o Santos levou 41.177 torcedores - 16.530 no primeiro e 24.647 no clássico -, com renda líquida total de R$ 473 mil. Na Vila, mesmo com uma partida a mais jogada, o público total é de 16.877, ou seja, nem metade do total do Pacaembu. A melhor marca foi contra o Coritiba: 7472.

O pior recai sobre a renda total nos jogos, de apenas R$ 32 mil. Em dois deles, diante de Internacional e Sport, em que o Santos levou pouco mais de 4 mil, a renda líquida foi negativa.

Curiosamente, a Vila, tão defendida nos últimos anos e apontada como responsável direta pela séries invictas como mandante, já foi alvo de críticas dos próprios jogadores pela pouca presença de público.

"Estou muito contente, vitória na garra, na vontade. Estou contente em voltar, fazer gols, mas temos que lotar a Vila mais. A torcida tem direito de cobrar o jogador sim, mas não pode um jogo como esse ter pouca gente no estádio. Respeito à torcida do Santos, mas temos que melhorar, e a torcida lotar o estádio", afirmou Gabriel após a vitória contra os pernambucanos.

O técnico Dorival Júnior também foi outro que pediu publicamente por uma mudança de postura para que o clube não se visse obrigado a "criar alternativas" como jogar em São Paulo.

Para dificultar a missão do Santos, o adversário está só um ponto atrás e vem de boa vitória contra o Cruzeiro na última rodada.

"É uma equipe perigosa e traiçoeira. Temos que tomar muito cuidado para buscar o resultado. Olha a campanha da Chapecoense, é muito regular e equilibrada. Se trata de uma equipe que já tem uma estrutura muito bem montada há dois ou três anos. Estão sendo campeões em seu estado e prometem muito nesse campeonato", alertou o treinador.

Para a partida, Dorival pediu atenção, principalmente, as bolas cruzadas e os gols tomados já no fim das partidas, fato que voltou a se repetir na derrota para o Grêmio. A equipe titular será mantida, mais uma vez.

Os catarinenses, por sua vez, não devem contar com o zagueiro Marcelo e o meia Nenén, ambos machucados. A novidade é a provável presença do atacante argentino Martinuccio no banco de reservas.

Ficha Técnica - Santos x Chapecoense
 
Data e horário: domingo, às 16h (horário de Brasília)
Local: Vila Belmiro, Santos-SP
Arbitragem: Bruno Arleu de Araújo (RJ-FIFA)
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (ambos do Rio de Janeiro)
Transmissão na TV: Premiere
 
Santos: Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Zeca; Thiago Maia, Renato, Lucas Lima e Vitor Bueno; Gabriel e Rodrigão.
Técnico: Dorival Júnior.
 
Chapecoense: Marcelo Boeck; Winck, Rafael Lima, Thiego e Sérgio Manoel; Josimar, Gil e Cleber Santana; Ananias, Silvinho e Bruno Rangel. 
Técnico: Caio Júnior.