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Paulo Bento é vaiado e xingado pela 1ª vez no Cruzeiro: "faz parte da vida"

Do UOL, em Belo Horizonte

04/07/2016 06h00

Pela primeira vez, desde que chegou a Belo Horizonte, Paulo Bento teve que lidar com as vaias da torcida do Cruzeiro. No empate contra o Vitória, nesse domingo (3), parte dos 45 mil presentes vaiou o treinador e o chamou de “burro” devido à demora para colocar Willian em campo.

O atacante permaneceu no banco de reservas até os 40 minutos da etapa complementar. Após sofrer o gol que decretou a igualdade, o treinador optou por sua entrada na vaga do lateral direito Lucas. O pouco tempo dado ao Bigode, como o jogador é conhecido, irritou o público, que vaiou o europeu.

Embora tenha recebido críticas por parte da torcida pela primeira vez, o português minimizou a situação e deu razão aos cruzeirenses:

“Se estivesse no lugar deles também estaria com sentimento de tristeza. Tivemos a oportunidade de abordar isso antes do jogo. Não demos a resposta que devíamos e podíamos. Esse é um sentimento generalizado dentro do elenco e na torcida. Quem trabalha num clube desta dimensão tem que entender a pressão que vem de fora. Faz parte da nossa vida e da nossa rotina”, afirmou.

Em entrevista coletiva, o técnico do Cruzeiro ainda garantiu que a opção pela entrada de Willian na reta final do confronto foi técnica e não teve influência da torcida que presenciou o compromisso:

“Tem a ver com uma questão de estratégia a entrada do Willian. A primeira foi uma substituição frustrada. A dificuldade que tivemos de controlar a situação com o Marinho. A questão do pênalti, o Bryan com cartão amarelo, tivemos que substituir. Ao mesmo tempo, poderíamos ter mais espaço ofensivo com o Allano. O jogo não estava indo bem, mas tentamos controlar o jogo com a última substituição. Quando sofremos a igualdade, jogamos com dois centroavantes. Essa era a nossa ideia”, afirmou.