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Argentino sai do banco e salva o Inter de derrota para Ponte Preta

Do UOL, em Porto Alegre

24/07/2016 12h59

O Internacional jogou mal, perdia para Ponte Preta por 2 a 1 e poderia muito bem estar atrás por mais. Tinha 10 homens em campo e tentou uma última investida: Ariel. Deu certo. O argentino saiu do banco para marcar o gol do empate em 2 a 2, neste domingo (24), que evitou a sexta derrota seguida do time vermelho. 

São oito jogos sem vitória, mas ao menos desta vez o time gaúcho não perdeu. Mas poderia. O árbitro Leonardo Garcia Cavaleiro não marcou dois pênaltis e não deu um gol que a bola havia entrado. Todos em favor da equipe de Campinas. 
 
Curiosamente, o Internacional foi mal ao tentar mudar seu estilo de jogo. Trocando passes, perdeu repetidamente a bola em locais perigosos no gramado. E quando usou o estilo proposto pelo antigo técnico, Argel, ergueu a bola na área e empatou. 
 
Com 21 pontos, o Colorado segue em posição intermediária da tabela e na próxima rodada pega o Corinthians, no Beira-Rio. Enquanto a Ponte, com 24, ronda os primeiros postos e tem pela frente o Fluminense na semana que vem. 
 
 

Ariel sai do banco e salva o Inter

Contratado pelo poder na jogada aérea, Ariel fez exatamente isso. Precisou de poucos minutos para aparar cruzamento de Vitinho e empatar o jogo, que se apresentava como nova derrota. 

Roger fez um, quase marcou outro e deu trabalho

O atacante Roger é conhecido no futebol brasileiro. Um centroavante de imposição física, com faro de gol. Neste domingo, levou vantagem sobre a defesa vermelha, marcou um gol e por pouco não fez outro. 
 
 

Geferson falha em gol e revive trauma

O lateral esquerdo Geferson tem trajetória no Inter marcada por falhas defensivas. Foi eleito vilão na queda de Libertadores do ano passado ao fazer um gol contra e ainda falhar em outro gol do Tigres. Neste domingo, não conseguiu marcar Wendell que marcou em um lance despretensioso e prejudicou o setor defensivo do Colorado. 
 
 

Pokopika: Valdívia volta a ser titular e marca

Valdívia voltou a ser titular, da melhor maneira. O 'Pokopika' recebeu de Vitinho e abriu o placar para o Internacional aos 25 do primeiro tempo. Antes, pouco havia participado do jogo, talvez prejudicado pela má jornada do Colorado. Sem marcar desde novembro do ano passado pois precisou passar por cirurgia no joelho, ele ainda rompeu a marca negativa do ataque vermelho, que não fazia gols há quatro partidas. 
 
 

Ponte Preta marca forte e é prejudicada pela arbitragem

A Ponte Preta usou seu expediente de marcação forte para atrapalhar o Internacional. Adiantou suas linhas e buscou retomar a bola no campo adversário. Foi melhor. De cara empilhou chances e reclamou muito. Primeiro um pênalti aos 15 minutos de jogo quando a bola bateu no braço de Anselmo após conclusão. Não marcado. E em seguida, aos 35, quando Rhayner bateu forte, a bola deu na trave e quicou pouco além da linha. O árbitro entendeu que não havia entrado toda e não marcou. No segundo tempo, Paulão derrubou Rhayner dentro da área e o árbitro novamente não assinalou nada. Sofreu em raros lances e poderia ter encontrado mais facilidade na partida. Desperdiçou chances e acabou sofrendo o empate no fim do jogo. 
 
 

Defesa erra, Inter sofre e joga muito mal

O Internacional insistiu pela saída de bola curta, com trocas de passes em projeção. Mas esbarrou na falta de qualidade de seus jogadores para fazer isso. Perdeu, repetidamente, a bola em locais perigosos de jogo. Foi pressionado pela Ponte Preta, poderia ter sofrido ao menos três gols, mas conseguiu sair na frente em uma jogada de sorte. Só que o gol não mudou em nada a conduta do time, errando muitos lances. Em seguida, uma bola perdida na intermediária na insistência por sair jogando acabou no gol de Roger. Ofensivamente, pouco foi criado, sem ninguém para centralizar as jogadas e Ferrareis e Valdívia distantes. Logo no começo do segundo tempo, vazou em falha de Geferson e não conseguiu reagir. Mas empatou novamente contando com boa dose de sorte. Após cruzamento de Vitinho, Ariel colocou nas redes. 
 

Baptista mostra que jogar feio é bonito

Eduardo Baptista não teve nenhuma vergonha de colocar a Ponte Preta para se defender. Mesmo em casa, o treinador utilizou a marcação como principal arma de sua equipe. Recuperou a bola com momentos de pressão, esteve sempre perto do gol rival. Na frente no placar, tratou de reduzir o ritmo para manter a vantagem, mas acabou sofrendo com gol de empate. 

Falcão tenta mudar estilo de jogo, mas não consegue

Falcão teve como primeiro objetivo no Inter, mudar o estilo 'simplista' imposto por seu antecessor, Argel. Queria o time com toques curtos e saindo jogando sem lançamentos. Não deu certo. Pelo segundo jogo consecutivo, o sistema defensivo mostrou que trocar passes não é sua principal qualidade. Atrás no placar, Falcão reviveu Argel e colocou Ariel para tentar cruzamentos na área. E conseguiu o gol de empate exatamente desta forma. 
 
FICHA TÉCNICA
PONTE PRETA 2 X 2 INTERNACIONAL
Data: 24/07/2016 (Domingo)
Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP)
Árbitro: Leonardo Garcia Cavaleiro (RJ)
Auxiliares: Rodrigo Henrique Correa e Thiago Neto Farinha (ambos do RJ)
Cartões amarelos:  Clayson (PON), Matheus Jesus (PON), Reinaldo (PON); Vitinho (INT), Fernando Bob (INT), Geferson (INT);
Cartões vermelhos: Fernando Bob (INT)
Gols: Valdívia, do Inter, aos 25 minutos do primeiro tempo; Roger, da Ponte Preta, aos 42 minutos do primeiro tempo; Wendell, da Ponte Preta, com 1 minuto de segundo tempo; Ariel, do Inter, aos 37 minutos do segundo tempo; 
 
PONTE PRETA
João Carlos; Nino Paraíba, Fábio Ferreira, Douglas Grolli e Reinaldo; João Vítor, Wendell (Matheus Jesus), Rhayner, Clayson e Maicon (Wellington Paulista); Roger. 
Técnico: Eduardo Baptista
 
INTERNACIONAL
Marcelo Lomba; Fabinho, Paulão, Ernando e Geferson; Fernando Bob, Anselmo, Gustavo Ferrareis (Anderson), Valdívia (Ariel) e Eduardo Sasha (Marquinhos); Vitinho. 
Técnico: Paulo Roberto Falcão