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O que fez Mano garantir evolução do Cruzeiro após revés na Vila

Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

05/08/2016 10h31

A derrota por 2 a 0 para o Santos, na Vila Belmiro, pela 17ª rodada do Brasileiro, foi um divisor de águas para o Cruzeiro. Ao término do jogo, Mano Menezes garantiu que faria a torcida sentir orgulho de seus comandados. Quatro dias mais tarde, o gaúcho tem a certeza de que este é o sentimento dos 12.454 que assistiram à vitória sobre o Inter no Independência. Mas o que fez o técnico assegurar a mudança em relação à equipe?

O treinador revela por que não titubeou ao dizer que os seus jogadores dariam orgulho ao público que fosse ao Campo do Horto para enfrentar o Colorado.

“O que me fez acreditar foi alguns fundamentos do jogo em Santos. Não merecíamos ter perdido o jogo em Santos, mesmo jogando em um lugar muito difícil de jogar. A equipe proporcionou poucas oportunidades ao adversário, procurou, criou. Poderíamos ter definido o jogo, mas não definiu por detalhes. O futebol não mente, basta fazer a leitura correta do que fizemos lá dentro. Mostrar aos jogadores onde cometemos pequenos erros”, disse.

A mudança implantada por Mano Menezes é atestada tanto nos números ofensivos quanto defensivos. Para se ter ideia, no tropeço contra o Sport em pleno Mineirão, o Cruzeiro finalizou 30 vezes. Nos duelos diante de Santos e Inter, o número de oportunidades diminuiu. O time concluiu em 13 oportunidades na Vila Belmiro e 12 vezes contra os gaúchos.

O comportamento no sistema ofensivo culmina em uma melhora na retaguarda, de acordo com o comandante. Por mais que tenha mantido a média de gols sofridos nos três confrontos (dois por jogo), Mano vê evolução no trabalho.

“Nós vínhamos criando um número bastante grande de oportunidades nos jogos. O que fiz foi dar uma ideia um pouco mais definida à equipe. Nenhuma equipe suporta ficar sofrendo muitos gols como a nossa equipe vinha sofrendo. Imagina você sofrer muitos gols e ter que fazer quatro gols. Você não faz quatro gols toda hora”, declarou.

“Precisamos diminuir isso e ter uma ideia a partir daí. Até diminuímos um pouco as oportunidades criadas. Se há um momento que a equipe sofre com posicionamento é quando ela tem posse de bola. Se você faz isso muitas vezes, quando perde a bola, sofre com os contragolpes dos adversários”, acrescentou.