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Cuca relega xodó ao banco e dá recado ao Palmeiras: não há lugar cativo

Com Cuca não há lugar cativo entre os titulares do Palmeiras - Robson Ventura/Folhapress
Com Cuca não há lugar cativo entre os titulares do Palmeiras Imagem: Robson Ventura/Folhapress

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo

09/08/2016 06h00

Caiu de rendimento, perdeu o lugar. Esta é a máxima do Palmeiras comandado pelo técnico Cuca. Mesmo com uma campanha digna de elogios, o treinador demonstrou nas últimas semanas que não há 'lugar cativo' entre os 11 titulares. Até quem surgia como um dos principais nomes no Brasileiro perdeu espaço, como Róger Guedes.

Contratado pelo Palmeiras no fim do Campeonato Paulista, o atacante rapidamente conquistou um espaço com Cuca e se tornou um xodó do torcedor. Na Série A, atuou como titular em 15 jogos das 17 primeiras rodadas - desfalcou o Palmeiras por suspensão no duelo contra o Santos (14ª jornada) e entrou na segunda etapa contra o Grêmio (5º jogo na Série A).

A sequência grande, no entanto, caiu nos dois últimos compromissos pelo Campeonato Brasileiro. A atuação ruim na derrota para o Botafogo, quando deixou o gramado ainda no intervalo, rebaixou Róger Guedes a apenas uma opção para a comissão técnica.

Róger Guedes em treino do Palmeiras - Cesar Greco/Fotoarena - Cesar Greco/Fotoarena
Róger Guedes em treino do Palmeiras
Imagem: Cesar Greco/Fotoarena

Róger Guedes acompanhou os dois últimos compromissos do Palmeiras do banco de reservas. Até então titular incontestável, o atacante de 19 anos viu Allione se tornar a primeira alternativa; o argentino entrou nos dois duelos (empate contra a Chapecoense e triunfo sobre o Vitória).

O recado é claro: não há lugar cativo. Os exemplos não faltam. Róger Guedes não é o primeiro - e nem o último - a perder espaço quando não render o esperado pela comissão técnica palmeirense.

Edu Dracena

Experiente e contratado pelo Palmeiras para ser titular, Edu Dracena perdeu a posição logo após a chegada do colombiano Yerry Mina, que agradou Cuca logo nos primeiros treinamentos. Mesmo em um bom nível (físico e técnico), o veterano de 34 anos esperou a lesão do companheiro para retomar o espaço entre os 11 no final do turno.

Egídio

Começou como titular na Era Cuca e permaneceu assim até a 11ª rodada. No entanto, perdeu espaço com a ascensão do velho conhecido Zé Roberto. Mesmo aos 42 anos, Zé mostrou regularidade e se sustentou como titular no setor, inclusive depois de Egídio se recuperar de uma pancada na perna direita.

O meia Cleiton Xavier - Robson Ventura/Folhapress - Robson Ventura/Folhapress
O meia Cleiton Xavier
Imagem: Robson Ventura/Folhapress

Cleiton Xavier

O camisa 10 se tornou apenas uma opção do banco de reservas depois de Cuca chegar a uma conclusão: precisaria de um meio-campo mais marcador para os jogos longe do Allianz Parque. Nos últimos quatro jogos fora de São Paulo, Cleiton Xavier saiu do banco em dois (Sport e Chapecoense).

Dudu agora virou capitão - Robson Ventura/Folhapress - Robson Ventura/Folhapress
Dudu agora virou capitão
Imagem: Robson Ventura/Folhapress

Dudu

Um dos grandes investimentos do Palmeiras nos últimos anos, Dudu também precisou correr atrás de espaço. Nos últimos cinco jogos, em dois o camisa 7 saiu do banco. Contra o Vitória, recebeu a faixa de capitão e teve uma atuação em ótimo nível.

O paraguaio Barrios - Robson Ventura/Folhapress - Robson Ventura/Folhapress
O paraguaio Barrios
Imagem: Robson Ventura/Folhapress

Erik

Contratado no início da temporada por R$ 13 milhões, Erik demorou a emplacar no Palmeiras. A primeira atuação como titular ocorreu somente na 13ª rodada da Série A, na vitória por 3 a 1 sobre o Sport. Mesmo sob a pressão do alto investimento, o atacante precisou de meses para convencer Cuca.

Lucas Barrios

Presente da Crefisa ao Palmeiras, Lucas Barrios é o maior exemplo desta falta de 'lugares cativos'. No Campeonato Brasileiro foram apenas seis jogos, nenhum deles como titular. O gol contra o Vitória, contudo, pode recuperar o prestígio do paraguaio diante do treinador, que não contará com Gabriel Jesus (este, incontestável) até o final da Rio 2016.