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Djokovic, Mazembe e 1997. O discurso de Roth na volta ao Inter

Celso Roth é apresentado no Internacional em sua quarta passagem pelo clube - Jeremias Wernek/UOL
Celso Roth é apresentado no Internacional em sua quarta passagem pelo clube Imagem: Jeremias Wernek/UOL

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

09/08/2016 10h01

A quarta passagem de Celso Roth começa com referências da primeira. Apresentado oficialmente nesta terça-feira (9) como treinador do time para reta final do ano, o treinador citou bastante o trabalho de 1997, lembrou até Novak Djokovic e admitiu que terá de lidar com a marca da derrota para o Mazembe, na semifinal do Mundial de Clubes.

Contratado para eliminar o risco de rebaixamento, em uma cartada final contra a crise, Roth assinou até dezembro.

“Não acho o time do Internacional ruim, pelo contrário. Em algum momento se desequilibrou. E o trabalho é para recuperar isso”, disse Celso Roth."Nós aqui no Internacional já lidávamos com situações que agora são tendência. O que estamos fazendo é ver como as coisas evoluem, se apresentam, e lembrar que estávamos bem à frente lá atrás. Essa marcação alta, como dizem agora, já fazíamos lá atrás", acrescentou depois.

Cercado pela nova diretoria, o treinador encarou o fantasma de Abu Dhabi com sobriedade. Falou da derrota para o Mazembe e comparou o choro de Djokovic após ser eliminado dos Jogos Olímpicos a sua dor.

“Aprendizado. Vocês viram o Djokovic, nos Jogos Olímpicos? Eu realmente estou marcado, sinto isso, estará eternamente comigo. Como estará com o Felipão (O 7 a 1 na Copa do Mundo). A gente pensa, revê o jogo e faz um histórico para tirar vantagem disso. Vocês verão no dia a dia se consegui”, comentou.

Repetindo a aposta de 2010, por uma resposta imediata, o Inter ignorou os números recentes do treinador. As passagens por Coritiba e Vasco foram ruins. Celso Roth usou outras passagens em que assumiu equipes em crise para se defender.

“Pelo histórico. Se tu pegares todos os outros trabalhos, vais ver. No Coritiba e no Vasco, infelizmente, as coisas não saíram bem. Em algum momento da carreira eu abri mão do regional e fiquei marcado por essas situações”, afirmou. "Até o Coritiba eu tinha tido oportunidades e feito trabalho de muita relevância. Em todos eles. Grêmio, Atlético-MG. No Coritiba e no Vasco, não conseguimos. E aí, aprendemos. É com os insucessos que a gente aprende", completou.