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Cruzeiro queixa-se de árbitro junto à CBF e nega ofensas de Mano

Cruzeiro e Botafogo se enfrentam no Mineirão, pela 24ª rodada do Brasileirão - Yuri Edmundo/Light Press/Cruzeiro
Cruzeiro e Botafogo se enfrentam no Mineirão, pela 24ª rodada do Brasileirão Imagem: Yuri Edmundo/Light Press/Cruzeiro

Do UOL, em Belo Horizonte

12/09/2016 14h24

O Cruzeiro enviou um documento à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para se queixar da atuação de Rafael Traci (PR) na derrota por 2 a 0 para o Botafogo, nesse domingo (11), pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. O clube ainda contesta as ofensas atribuídas ao técnico Mano Menezes na súmula do confronto.

No comunicado enviado à CBF e ao presidente da Comissão de Arbitragem, Sérgio Corrêa, o vice-presidente de futebol Bruno Vicintin garante que o treinador gaúcho jamais ofendeu o árbitro.

“Segundo o Sr. Rafael Traci, árbitro principal, o Sr. Luiz Antonio Vencker Menezes, técnico do Cruzeiro, teria proferido as seguintes palavras no túnel de acesso ao vestiário: “Vai ver o impedimento que o seu bandeira deu no final e a falta que você marcou no segundo gol, seu sem vergonha.” Em nenhum momento o Sr. Mano Menezes utilizou a referência “sem vergonha” ao árbitro. Trata-se de uma afirmação não verdadeira, sendo que a reclamação das marcações da arbitragem procede, inclusive sendo comprovadas pelas emissoras de televisão”, disse.

“Na sequência dos relatos, afirma ter sido referida pelo Sr. Mano Menezes a seguinte frase: “Vá ver o impedimento que você deu, seu bandeira de escolinha.” Nesse caso, temos mais um fato grave em relação ao comportamento do árbitro. Tal afirmação foi proferida pelo Sr. Rafael Vieira, membro da comissão técnica do Cruzeiro. No momento em que o Sr. Rafael Vieira proferiu tal frase, a equipe de arbitragem da partida encontrava-se de costas, acessando o vestiário, portanto, creditar tal frase ao Sr. Mano Menezes é uma demonstração clara de despreparo”, acrescentou.

As supostas ofensas de Mano Menezes não foram os únicos alvos da reclamação do Cruzeiro. O clube ainda se queixou de alguns lances da partida, sobretudo o que foi assinalado impedimento de Ramón Ábila.

“A arbitragem do jogo apresentou um desempenho distante da grandeza da Série A do Campeonato Brasileiro e suas equipes, tendo participação efetiva em dois lances decisivos. Falta que gerou o segundo gol do Botafogo e anulação de gol legítimo assinalado pelo Cruzeiro. Para esclarecer essas questões, solicitamos que a ouvidoria faça a análise dos lances e nos envie parecer formal da partida completa”, escreveu.

Confira, abaixo, a nota do Cruzeiro na íntegra:
Belo Horizonte, 12 de setembro de 2016

À Confederação Brasileira de Futebol
Ao Dr. Marco Polo Del Nero, Presidente da Confederação Brasileira de Futebol
c.c. Sr. Sérgio Corrêa, Presidente da Comissão de Arbitragem

O Cruzeiro Esporte Clube solicita à presidência da Confederação Brasileira de Futebol atenção aos recentes erros de arbitragem ocorridos nas partidas do Cruzeiro Esporte Clube.

Temos adotado como procedimento durante toda a competição reportar todos os fatos ao Sr. Sérgio Corrêa, presidente da comissão de arbitragem, no entanto, os fatos ocorridos no dia 11 de setembro de 2016, na partida entre Cruzeiro x Botafogo, merecem atenção especial.

A arbitragem do jogo apresentou um desempenho distante da grandeza da Série A do Campeonato Brasileiro e suas equipes, tendo participação efetiva em dois lances decisivos. Falta que gerou o segundo gol do Botafogo e anulação de gol legítimo assinalado pelo Cruzeiro. Para esclarecer essas questões, solicitamos que a ouvidoria faça a análise dos lances e nos envie parecer formal da partida completa.

Ainda assim gostaríamos de observar alguns procedimentos e condutas no sentido de elucidar fatos relatados na súmula da partida. Segundo o Sr. Rafael Traci, árbitro principal, o Sr. Luiz Antonio Vencker Menezes, técnico do Cruzeiro, teria proferido as seguintes palavras no túnel de acesso ao vestiário: “Vai ver o impedimento que o seu bandeira deu no final e a falta que você marcou no segundo gol, seu sem vergonha.” Em nenhum momento o Sr. Mano Menezes utilizou a referência “sem vergonha” ao árbitro. Trata-se de uma afirmação não verdadeira, sendo que a reclamação das marcações da arbitragem procede, inclusive sendo comprovadas pelas emissoras de televisão.

Na sequência dos relatos, afirma ter sido referida pelo Sr. Mano Menezes a seguinte frase: “Vá ver o impedimento que você deu, seu bandeira de escolinha.” Nesse caso, temos mais um fato grave em relação ao comportamento do árbitro. Tal afirmação foi proferida pelo Sr. Rafael Vieira, membro da comissão técnica do Cruzeiro. No momento em que o Sr. Rafael Vieira proferiu tal frase, a equipe de arbitragem da partida encontrava-se de costas, acessando o vestiário, portanto, creditar tal frase ao Sr. Mano Menezes é uma demonstração clara de despreparo.

Ainda vale ressaltar que o Sr. Felipe Duarte Varejão, quarto árbitro, não compareceu ao vestiário da equipe do Cruzeiro para colher a assinatura do capitão e devolver a documentação. Tal função foi delegada a funcionário da Federação Mineira de Futebol, contrariando o protocolo adequado.

Agradecemos a atenção, nos colocamos à disposição para todos os esclarecimentos necessários e seguiremos trabalhando para contribuir com a melhoria da qualidade da arbitragem do nosso país.

Bruno Bello Vicintin
Vice-Presidente de Futebol