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Cuca vê Palmeiras nervoso e lamenta empate contra o Flamengo

Danilo Lavieri e José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo

15/09/2016 00h30

O Palmeiras se manteve na liderança depois do confronto decisivo diante do Flamengo, no Allianz Parque. O empate por 1 a 1, obtido por intermédio de uma individualidade de Gabriel Jesus, sustentou a equipe na ponta e aliviou o clima de tensão demonstrado pelo time. O técnico Cuca alertou sobre este ponto negativo nesta quarta-feira.

Em entrevista concedida depois da partida na capital paulista, o treinador palmeirense criticou o início de jogo – sem a pressão exercida normalmente pela equipe como mandante – e admitiu o nervosismo do elenco, especialmente depois do gol anotado por Alan Patrick, no início do segundo tempo.

“Senti hoje de uma maneira maior, a mais do que no dia com a Ponte e um pouco contra o São Paulo, uma equipe nervosa, sem a calma para criar uma jogada. Faltou criatividade e rotatividade. Para piorar, ficamos com um a mais e tomamos o gol”, analisou o treinador, que sentiu falta do ‘abafa’ palmeirense no início da partida.

“Fazendo uma análise geral da partida toda, nós começamos muito devagar. Diferente do que geralmente a gente inicia o jogo, com pressão no adversário. Nós fomos passivos, e o Flamengo começou melhor; depois demos uma equilibrada”, acrescentou.

O treinador palmeirense até fez uma crítica do próprio papel na noite desta quarta-feira no Allianz Parque. Cuca optou pelas entradas de Lucas Barrios, Cleiton Xavier e Rafael Marques, que tiveram atuações discretas no duelo contra o Flamengo.

“Infelizmente as trocas não surtiram efeitos. Não escolhemos as melhores jogadas por muitas vezes e agora cabe a mim procurar o por quê desta situação. A gente é líder do campeonato há 14, 15 rodadas e não precisávamos ter pressa, nos desesperar”, disse Cuca, sem esconder a frustração por possuir um homem a mais durante a maior parte do jogo.

“Lamentando o empate a princípio, por ter criado mesmo que desorganizadamente muitas chances, não escolhendo a melhor opção. O primeiro sentimento é a perda de dois pontos, mas vem juntinho, um pouquinho à frente da conquista de um ponto”, completou.