Grêmio faz 113 anos sem técnico, sem direção de futebol e em ebulição
Não era o aniversário que a torcida esperava. Nesta quinta-feira (15), o Grêmio completa 113 anos de história. Mas no que mais importa, vive o momento mais tenso de sua trajetória recente. Sem treinador, sem direção de futebol e em crise política, o Tricolor é só incerteza.
Após a derrota por 3 a 0 para a Ponte Preta, o Grêmio viu seu técnico Roger Machado pedir demissão. Tentou convence-lo do contrário, mas não conseguiu. De forma forte e veemente, o ex-lateral esquerdo deixou o comando do clube.
"Ele entende que talvez seja necessário isso até para estancar um processo de queda. Fomos todos contrários, eu e o departamento de futebol. Mas não foi possível. E não negamos a queda, ela é evidente. Só acreditamos que ele pudesse conduzir o processo", explicou o presidente Romildo Bolzan Júnior, que durante 40 minutos tentou fazer Roger mudar de ideia.
De quebra, uma crise política que teve ápice durante a semana derrubou todo o braço político do departamento de futebol. O diretor Antonio Dutra Júnior falou em tom de reclamação sobre o vice Alberto Guerra e o assessor Alexandre Rolim. Todos entregaram os cargos e deixarão o comando.
"Vamos nos reunir e avaliar tudo isso, é a tendência para zerar o processo", afirmou Bolzan.
O único que deve permanecer é o diretor executivo de futebol, Júnior Chávare. Mas nem mesmo ele tem situação totalmente garantida.
Política efervescente e acusações nos bastidores
Não bastasse tantos problemas logo no dia de seu aniversário, o Grêmio vive tensão política pela proximidade da eleição que renovará 180 cadeiras em seu Conselho Deliberativo. Movimentos de oposição acusam movimentos de situação de utilizar a 'máquina' para conquistar votos. A presença presidencial em eventos gera muita discórdia, por exemplo.
Em meio a isso, o clube inicia uma programação que era para ser de festa. Na sexta-feira, um banquete na Arena deveria celebrar o aniversário azul, branco e preto. Mas pelo andar das coisas, será mais um momento de debate do que de comemoração.
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