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Tenso, Maicon revela cobranças duras de são-paulinos em momentos de lazer

Érico Leonan/saopaulofc.net
Imagem: Érico Leonan/saopaulofc.net

Luis Augusto Simon

Do UOL, em São Paulo

04/10/2016 12h48

Cara fechada, mãos crispadas, respostas curtas e uma ligeira gagueira. O capitão Maicon, que volta ao time do São Paulo contra o Sport na próxima quarta-feira, era a cara da tensão e do nervosismo na entrevista coletiva desta terça.

O motivo é o mau posicionamento do clube na competição - 14ª colocação, quatro pontos à frente da zona do rebaixamento -, mas também cobranças de torcedores. “Já passei por duas situações constrangedoras com cobranças em dia de lazer. Estava com minha mulher e meu filho e não quero que isso continue. Até por isso, o time precisa melhorar bastante”.

Depois de falar sobre o questionamento, não quis se estender mais. “Foram palavras duras e eu estava com minha mulher. Mas estou acostumado e não me abato”.

Maicon, como todo torcedor do São Paulo, não tem uma noção do que fazer para o time melhorar. A primeira medida é a mesma que ele repetiu em pelo menos três entrevistas anteriores: “temos que lutar muito para sair dessa situação”. Exatamente o que Kelvin disse no dia anterior.

Ele prega luta e união, mas avança pouco no modo como isso pode trazer vitórias. Na hora de definir o que fazer, sua alternativa foi simples. “Tem de fazer gol, se não fizer gol não vence. A gente tem chance, mas o gol não está saindo”.

Em seguida, rapidamente, tratou de não culpar os atacantes pelo jejum. “Lateral, volante e zagueiro também podem fazer gols. Nós precisamos fazer”.

Ele já viu melhora no empate contra o Flamengo e acha que é possível vencer o Sport na próxima quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Recife. "Sofremos muito no Morumbi em jogos passados, mas conseguimos encarar de igual para igual o vice líder do campeonato. Agora uma vitória vai deixar a gente quatro pontos (na verdade, cinco) na frente do Sport. Temos qualidade para isso e precisamos mostrar como se faz”.

Maicon aproveitou para pedir atenção com o atacante Rogério, que estava no São Paulo antes de ir para o Sport. “Todo jogador que sai de um time quer mostrar serviço no primeiro encontro. Ele também vai fazer isso”.

Para o jogo, o São Paulo não terá Cueva, Wesley e Mena. Uma das opções é jogar no 4-2-3-1, com Hudson, Thiago Mendes, Kelvin, Jean Carlos e Michel Bastos no meio-campo e com Chavez no ataque. Carlinhos entraria na lateral esquerda. Se Carlinhos for para a meia, Michel Bastos sai e Mateus Reis vai para a zaga.

A segunda possibilidade é mais defensiva, com João Schmidt no lugar de Jean Carlos. Se Carlinhos jogar na lateral esquerda, Buffarini deve assumir a direita.