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Quarteto responsável por 53% dos gols do Atlético-MG ainda não atuou junto

Cazares e Fred comemoram um dos 62 gols marcados pelo quarteto ofensivo do Atlético-MG em 2016 - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Cazares e Fred comemoram um dos 62 gols marcados pelo quarteto ofensivo do Atlético-MG em 2016 Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

04/11/2016 06h00

Entre os clubes que disputam as principais divisões do futebol brasileiro, nenhum torcedor comemorou mais gols que os atleticanos. Na temporada 2016, que para o clube mineiro começou nos Estados Unidos, diante do Schalke 04, no dia 13 de janeiro, já foram disputadas 69 partidas e com 117 gols marcados. Sendo que 52% dos gols foram anotados somente por quatro jogadores, que curiosamente jamais estiveram em campo ao mesmo tempo.

Com 25 gols em 51 partidas, Robinho é mais do que o artilheiro do Atlético na temporada. Em 2016, nenhum outro jogador do futebol brasileiro fez tantos gols como o camisa 7 atleticano. Lucas Pratto aparece em segundo, com 18 gols em 45 jogos. Fred é o terceiro, com 11 gols em 24 jogos. Cazares completa o quarteto de artilheiros, com nove gols em 37 partidas.

Um quarteto formado pro Robinho, Pratto, Fred e Cazares é visto por muitos torcedores como o ideal para a equipe titular. No entanto, os quatro jamais estiveram em campo ao mesmo tempo. Contra Cruzeiro, Internacional, Botafogo e Flamengo foram os únicos jogos em que o Atlético teve os seus artilheiros do ano em campo, mas sempre com um entrando no lugar do outro. Portanto, nem por um minuto, o quarteto formado por Robinho, Lucas Pratto, Fred e Cazares esteve junto. Mesmo assim, esse quarteto é responsável por 53% dos gols do clube em 2016.

Suspensões, lesões e o fato de Fred não poder jogar a Copa do Brasil explicam um pouco de o quarteto artilheiro jamais ter atuado junto. Mas como Robinho, Fred e Lucas Pratto vivem ótima fase, a chance que isso aconteça na reta final da temporada ficou maior. É possível ver dois centroavantes juntos novamente, após as tentativas de Marcelo Oliveira algumas rodadas atrás? A resposta foi dada por Lucas Pratto.

“Quando fiquei com a condição física ideal, voltei ao meu nível. Também sabemos que o time são onze dentro de campo. Não é porque um joga diferente do outro o time vai ganhar ou perder. O treinador tem que decidir, temos dois centroavantes muito bons, artilheiros, então ele está decidindo que o Fred está no Brasileiro, quando entro, tento ajudar o time”.

Independentemente de quem jogar, Pratto ressalta o desejo principal: fechar o ano com um título. O argentino destaca o bom relacionamento entre os jogadores, inclusive daqueles que estão foram, como um dos grandes trunfos do Atlético nessa luta por Brasileirão e Copa do Brasil.

“Todos nós queremos sair campeões, valorizar, entrar para a história. Todo mundo sabe a alegria que tem o grupo. Esse grupo, essa amizade dentro de campo, nos momentos difíceis a gente passa junto, por isso é importante comemorar, todos queremos jogar, tem outros jogadores muito bons que não estão tendo minutos. Por isso é também importante comemorar os gols com os atletas do banco de reservas e com todo o grupo”, disse Pratto, que vê o alto número de gols marcados como uma obrigação do Atlético.

“Temos um dos melhores ataques do ano no Brasil. O Atlético até tem essa responsabilidade, sobretudo do meio para frente, temos jogadores de muito peso ofensivo, de muita história e muita história. E na reta final do Brasileirão e na final da Copa do Brasil, vai ser muito importante esse poderio ofensivo que nós temos”.

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