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Viradas, 1º turno e meta de 100%. Atlético-MG faz as contas pelo Brasileiro

Robinho comemora gol do Atlético-MG em jogo diante do Coritiba, no primeiro turno - Thomas Santos/Agif
Robinho comemora gol do Atlético-MG em jogo diante do Coritiba, no primeiro turno Imagem: Thomas Santos/Agif

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

05/11/2016 06h00

Desde que o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos, em 2003, nenhum clube conseguiu tirar sete pontos de diferença para o líder, restando apenas cinco rodadas para o término da competição. Essa é a tarefa do Atlético-MG em relação ao Palmeiras para ficar com o título nacional. A chance de isso acontecer é de somente 2%, de acordo com o departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais.

Então, enquanto existir alguma possibilidade, o atleticano vai seguir confiante. Tanto torcedores e jogadores têm motivos para acreditar numa inédita reação. O histórico recente do clube, de grandes viradas em torneios mata-mata é um bom exemplo. Nessa quarta-feira, contra o Internacional, o Atlético garantiu vaga na final da Copa do Brasil. Não foi exatamente uma virada, pois o time mineiro havia vencido o primeiro jogo, em Porto Alegre, por 2 a 1.

Mas como esteve perdendo por duas vezes, no Independência, tornou o que poderia ser uma semifinal tranquila numa classificação emocionante. Para o atacante Lucas Pratto o duelo com o Inter mostra bem o que é o Atlético, que se em 2016 não precisou de nenhuma virada espetacular na Copa do Brasil, há dois anos conseguiu grandes feitos diante de Corinthians e Flamengo, para conquistar o torneio pela primeira vez. Assim como no título da Libertadores de 2013.

“Quando você está fora, você não sabe o que é Galo. Hoje, com quase dois anos que estou aqui, já sei o que significa ser sofrido dentro de campo”, comentou o atacante argentino, que pela segunda temporada consecutiva luta pelo título do Brasileirão. Mas em 2015, acabou como vice-campeão, superado pelo Corinthians.

E para fazer diferente em 2016, os jogadores do Atlético traçaram uma meta audaciosa nesta reta final de Brasileirão. Vencer os cinco jogos restantes. Coritiba, Palmeiras, Santa Cruz, São Paulo e Chapecoense. São os adversários para encerrar a caminhada alvinegra na competição. A meta é somar 15 pontos e ver o que acontece após a última rodada, como revelou o meia-atacante Luan.

“Sempre é difícil jogar fora com o Coritiba. É respeitar o adversário, mas saber que temos uma boa equipe. Somar pontos fora de casa e alcançar essa meta de vencer os cinco jogos. E aí, vamos ver o que vai acontecer lá na frente. Vamos jogo a jogo, ponto a ponto, para terminar o Brasileiro de forma digna”.

E o Atlético tem um motivo especial para acreditar que é possível vencer os cinco jogos e terminar o Brasileirão com 75 pontos. No primeiro turno, contra os mesmos adversários já citados, o time alvinegro teve aproveitamento de 100%. A diferença, agora, é no local dos confrontos. Vão ser três partidas como visitante, contra Coritiba, Santa Cruz e Chapecoense, além de dois jogos em Belo Horizonte, diante de Palmeiras e São Paulo.

“A gente já fez essa conta também. Só que na teoria é tudo muito legal, mas na prática é bem diferente. Contávamos com os três pontos contra o Flamengo e não aconteceu. Mas óbvio que fazemos essa conta e tem esse pensamento de fazer as cinco vitórias e é possível, a gente já demonstrou no primeiro turno, para depois ver o que acontece lá na frente”, completou o lateral esquerdo Fábio Santos, que em 2015 começou o Brasileirão pelo Corinthians, portanto, busca o segundo título seguido.

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