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'Diego dependência'? Meia nega, mas Fla precisa surpreender no Brasileirão

Diego é o destaque do Flamengo no Brasileiro. Camisa 35 é visado por adversários - Gilvan de Souza/ Flamengo
Diego é o destaque do Flamengo no Brasileiro. Camisa 35 é visado por adversários Imagem: Gilvan de Souza/ Flamengo

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

10/11/2016 06h00

Diego foi contratado para ser o cara do Flamengo no Campeonato Brasileiro. O camisa 35 correspondeu às expectativas, mas nos últimos jogos o Rubro-negro caiu de rendimento e expôs uma dependência maior do que se esperava em relação ao talento do meia. Foi assim, especialmente, nos empates com Corinthians e Botafogo. Com o restante do time pouco inspirado, nada aconteceu.

O Rubro-negro não triunfa há quatro rodadas - somou apenas três pontos em 12 disputados - e tem mostrado limitações no setor de criação. A marcação em cima de Diego aumenta a cada compromisso e a equipe por vezes não oferece risco aos rivais. É necessário surpreender.

O técnico Zé Ricardo busca alternativas para resolver a questão e não sobrecarregar a principal estrela nas partidas decisivas do Brasileirão. Só resta ao Flamengo vencer para ainda sonhar com o título. O time está na 3ª colocação, sete pontos atrás do Palmeiras (70 a 63). A utilização de outro meia pode ser colocada em prática na sequência final de jogos para desafogar Diego. Alan Patrick e Mancuello são possibilidades.

Outro ponto envolve um aproveitamento maior de Willian Arão na questão ofensiva. O volante sumiu nos últimos jogos e tem se limitado ao aspecto defensivo, quase sempre para cobrir os avanços pelos lados e até as falhas no setor de meio de campo. Diego não concorda que o Flamengo seja dependente do seu talento, mas reconhece que é necessário um desempenho melhor de outras peças.

“Não vejo excesso de dependência. Temos outras opções de qualidade. É preciso utilizá-las. Quando um não funciona, o outro tem que funcionar. É questão de ajuste. Vejo o Flamengo com opções diversas, não só quando eu tenho a bola”, afirmou.

“Quanto mais você se destaca e consegue vitórias, as equipes passam a respeitar e se preocupam mais. Não precisamos mudar a filosofia, mas exercê-la de forma eficaz. É claro que em alguns momentos temos que nos reinventar. O Zé Ricardo sempre deixa um detalhe para que possamos aproveitar e superar a marcação. O objetivo é ser mais eficiente", completou.

A arrancada do Flamengo para brigar pelo heptacampeonato brasileiro se confunde com a chegada de Diego. Até o momento, o camisa 35 disputou 15 jogos com a camisa rubro-negra e fez quatro gols. Ele saiu de campo derrotado apenas uma vez - 2 a 1 para o Internacional. Depois de 12 anos na Europa, o jogador de 31 anos surpreendeu ao retornar ao Brasil e acredita que ainda é possível melhorar a forma.

“Superei certas dificuldades até pela empolgação de chegar ao Flamengo. Estou em processo de readaptação ao Campeonato Brasileiro. Me encontro em um nível excelente, mas a tendência é melhorar. Não tenho como agradecer ao que o clube tem feito por mim. Colho os frutos do trabalho sério que o Flamengo faz há muito tempo”, encerrou.

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