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Por Libertadores, Oswaldo tem escudeiro moldado por Mano e Tite

Oswaldo de Oliveira conversa com Fábio Carille, fiel escudeiro do novo técnico - Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
Oswaldo de Oliveira conversa com Fábio Carille, fiel escudeiro do novo técnico Imagem: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

29/11/2016 06h00

O tempo para buscar a vaga na Copa Libertadores com o Corinthians é curto, mas o treinador Oswaldo de Oliveira encontrou um aliado importante para ajudá-lo no novo clube. Interino em dois momentos da temporada e auxiliar desde 2009, quando foi levado por Mano Menezes, Fábio Carille tem importância além do convencional para o dia a dia de Oswaldo no CT Joaquim Grava. 

Dois gestos do treinador em seu primeiro mês de clube mostraram que Carille seria uma figura muito ativa, principalmente em um período de transição. Oswaldo de Oliveira delegou diversos treinamentos ao auxiliar técnico fixo do Corinthians e também optou por sua presença em todos os jogos no banco de reservas. Ali, Fábio e Oswaldo normalmente não se desgrudam. A troca de ideias é constante. 

Os movimentos do treinador corintiano dentro das partidas, muitas vezes, são definidos nas conversas com Carille, que recebe créditos de Oswaldo em algumas oportunidades. Diante do Cruzeiro, na Copa do Brasil, o sistema tático do Corinthians foi todo alterado ainda durante o primeiro tempo e ajudou, naquele momento, a equipe a alcançar o empate e equilibrar a partida por um momento. Na parte final, é verdade, os cruzeirenses dominaram e venceram por 4 a 2. 

Outra sacada de Carille que recentemente recebeu o crédito de Oswaldo de Oliveira foi a utilização de Uendel como meia armador em vitória por 1 a 0 sobre o Internacional. Em papo com o técnico, o auxiliar se lembrou de que a função já que havia sido executada pelo atleta ainda em seus tempos de Ponte Preta. Por sinal, o conhecimento profundo que Fábio possui sobre os jogadores do grupo é algo constantemente mencionado por Oswaldo, que parece valorizar muito mais o braço direito que fazia o antecessor, Cristóvão Borges. 

"Quando você chega em uma temporada em decorrência, é muito importante esse tipo de consulta", comentou o treinador. "Isso aconteceu ano passado comigo com Jayme (de Almeida) no Flamengo, um cara que me ajudou muito. Aqui tenho o Fábio, no Sport tinha o Daniel (Paulista) que agora está como treinador", frisou. 

"Essa função é fundamental. São pessoas se desenvolvendo para se tornarem treinadores. Aqui, não foi surpresa porque eu já tinha muita recomendação sobre ele, de pessoas que conheço muito e me fizeram referências. É um cara que confio plenamente e tem nos ajudado. Mais que informações, a confiança que temos um no outro é importante", destacou Oswaldo de Oliveira, que também delegou ao auxiliar toda a montagem de estratégia para as bolas paradas. 

A valorização dentro da comissão técnica também é importante para Fábio Carille por outro motivo. No meio do ano, ele e o preparador de goleiros Mauri Lima foram os únicos da turma mais próxima a Tite que não teve a oportunidade de ir à seleção brasileira. Em conversa informal, semanas depois de sair do Corinthians, Tite explicou ao auxiliar a opção por Sylvinho, da Inter de Milão-ITA e ex-corintiano, em detrimento dele. Carille respondeu que entendia perfeitamente e deu um longo abraço no treinador com quem, entre outros títulos, ganhou dois Brasileiros, uma Libertadores e um Mundial. 

O que o Corinthians precisa na última rodada para ir à Libertadores

O cenário definido em caso de título da Copa do Brasil pelo Grêmio (venceu a ida, em BH, por 3 a 1) é: em primeiro lugar, o Corinthians terá que obrigatoriamente vencer o Cruzeiro dentro do Mineirão na rodada final. Além disso, precisaria de uma derrota ou um empate do Botafogo (visita o Grêmio) ou do Atlético-PR (recebe o Flamengo). 

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