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Atlético-MG não acredita em punição por decidir não jogar com a Chapecoense

Atlético-MG deixou sua sede com a coloração verde em homenagem à Chapecoense - Divulgação
Atlético-MG deixou sua sede com a coloração verde em homenagem à Chapecoense Imagem: Divulgação

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

01/12/2016 13h04

O jogo entre Chapecoense e Atlético-MG, pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2016, nunca será realizado. A decisão da diretoria alvinegra, mesmo contra a vontade a Confederação Brasileira de Futebol está amparada em dois aspectos. Primeiro o emocional, o momento de luto. No entendimento de todos os integrantes da diretoria atleticana não existe clima e nem motivo para a realização da partida.

Além disso, o clube está amparado também no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e no Regulamento Geral das Competições de 2016. Como explica o diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha.

“Existe um fato extraordinário, previsto até no regulamento, que justifica o cancelamento da partida. Isso por si só já autorizaria o Atlético, com base no regulamento, não comparecer”, comenta o diretor do Atlético, pelas redes sociais já se mostrava totalmente contrário à realização da partida em Chapecó.

Por regulamento, uma equipe pode ser suspensa por dois anos caso abandone uma competição. Não é o caso do Atlético, que está baseado em artigos CBJD e do Regulamento Geral das Competições.

 Inclusive, o Atlético comunicou para a CBF que nem sequer vai viajar para o jogo. O presidente Daniel Nepomuceno ligou para Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, para informar a decisão, antes de comunicar a decisão para imprensa. Além disso, o clube mineiro mandou um ofício à entidade, para documentar a decisão.

“Mas além de tudo, nós temos regras de convivência, de civilidade, de luto. Perda de três pontos e eventualmente uma multa, que vai de R$ 100 a R$ 100 mil, isso tudo é absolutamente irrelevante diante da situação. O Atlético tem de prestar solidariedade à Chapecoense, aos familiares, às pessoas da cidade aos próprios atletas nossos. Forçar os jogadores participar de um jogo desse é incompatível com qualquer sentimento humano. Portanto, o Atlético considerado que não há nenhuma razão que justifique a realização dessa partida. Além do mais, ela não tem nenhuma implicação direta e definitivo no campeonato”, completa Lásaro da Cunha, que se mostra bastante seguro quanto à decisão do clube.

Como não vai comparecer ao jogo com a Chapecoense, o Atlético vai ser declarado perder pelo placar de 3 a 0. Por já estar garantido com o quarto lugar, em nada muda a situação do clube no Brasileirão. No entanto, a Chapecoense só vai receber os jogos da partida se estiver em campo. Caso contrário,

“Por fim, aqueles que pretendem ou cogitem se beneficiar com outras vantagens, isso constitui uma razão bizarra. Portanto, a gente nem acredita nisso. O simples cancelamento dessa partida não tem qualquer outra implicação em relação às demais questões do campeonato” completa o diretor jurídico do Atlético, não temendo um final de Brasileiro tumultuado pela não realização da partida em Chapecó.

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