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Como soluções extracampo podem ajudar o Inter a escapar do rebaixamento

Jeremias Wernek/UOL Esporte
Imagem: Jeremias Wernek/UOL Esporte

Do UOL, em São Paulo

02/12/2016 12h30

O Internacional faz as contas para escapar do inédito rebaixamento no Brasileirão. A dois pontos do Sport, o primeiro time fora da zona da 'degola', o time gaúcho precisa de uma combinação de resultados para ficar na Série A. Mas não é apenas dentro de campo de onde pode vir a solução para evitar a queda para a segunda divisão. Medidas conversadas nos bastidores, incentivadas ou com atuação direta do clube, podem vir a beneficiar a equipe. Confira abaixo:

Processo no STJD contra o Vitória

A primeira foi levada em consideração antes mesma da penúltima rodada. Dois dias depois de o time gaúcho perder para o Corinthians em Itaquera, a diretoria do Internacional colocou em xeque a escalação do zagueiro Victor Ramos em uma partida do Vitória.

Nesta quinta-feira, o clube foi além ao ingressar no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) com manifestação oficial sobre a suposta inscrição irregular do atleta do clube baiano. A ideia do clube gaúcho é que o Vitória perca pontos na classificação e assim acabe rebaixado à Série B.

O Inter pede que o Vitória seja incluso no artigo 214 do CBJD e perca os pontos de 26 partidas (número de jogos que o zagueiro atuou) do Campeonato Brasileiro. Nesse cenário, o presidente do Internacional, Vitório Píffero, chegou a citar outras situações para justificar o pedido ao tribunal

"Não tem clube no Brasil com tanta autoridade para recorrer à Justiça como o Inter. Em 2005 perdemos na justiça desportiva brasileira... Voltando os jogos, teríamos sido campeões. Nos tomaram o título na mão grande. Ninguém tem mais autoridade que o Internacional. Por este motivo, de buscar o reconhecimento da situação de um jogador que poderá reverter em pontos", disse o mandatário. "Vamos atrás do nosso direito", disse o dirigente.

Sem jogo na última rodada

Depois do vice de futebol Fernando Carvalho criticar o adiamento da última rodada, o Inter adotou outra postura. Píffero frisou que não "há clima" para a disputa dos últimos dez jogos do campeonato - o time enfrenta o Fluminense fora de casa.

"É um fato lamentável que vitimou a todos. Temos que criar algo novo para ver uma solução que traga conforto aos familiares dos que faleceram. Não podemos lotar estádios Brasil afora. Rivalidade, jogo, não existe", afirmou.

Segundo o mandatário, o Inter, mesmo na 17ª posição na tabela, não seria rebaixado imediatamente. O Campeonato Brasileiro ficaria em aberto, sem definição em relação aos times que iriam à Série B.

"Não creio que seja a melhor situação (rebaixar o Inter). Coloquei um sentimento de dificuldade de realizar a última tarefa, decorrente de um fato que abalou a todos. Então, a solução, não sei dizer. Se tiver que ser esta, não sei dizer. Falo da dificuldade em fazer este ato que é o último jogo", disse.

Sem mala branca, mas com apelo

Depois de o time vencer o Cruzeiro e se manter com chances de escapar do rebaixamento, a diretoria do Inter admitiu ligar para ex-jogadores do clube para pedir uma força extra nas partidas finais.

A lista de contatos inclui Edinho, Alecsandro e Rafael Moura, que defendem Coritiba, Palmeiras e Figueirense, respectivamente. O time paranaense enfrentou o Vitória no último jogo da 37ª rodada. Os paulistas pegam o Vitória em Salvador no jogo derradeiro e os catarinenses medem forças com o Sport.

"Se encontrar, por acaso, posso falar. Lembro do Edinho no Coritiba, Alecsandro no Palmeiras. O Rafael Moura é um ex-jogador recente do Inter e agora está no Figueirense. Não está proibido apelar aos amigos, a quem trabalhou conosco e sabe do nosso drama", disse Fernando Carvalho

O Internacional tem 77% de chances de cair. O time soma 42 pontos, com 11 vitórias e saldo de gols de menos seis. O Vitória tem 45 pontos, com 12 triunfos e saldo de menos um. Já o Sport soma 44 pontos, com 12 vitórias e saldo menos oito.